14/09/2020

Agressividade no ambiente profissional não vai ajudar sua carreira

Redação do Diário da Saúde
Ser um
Como geralmente os jovens líderes não sabem que tipo de liderança exercer, pelo menos eles agora sabem como não devem se comportar.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Agressividade na carreira

Gurus de negócios, palestrantes sobre liderança e autodeclarados "técnicos de carreira" têm semeado há décadas noções pouco benignas - e mesmo pouco éticas - de como as pessoas devem se comportar no mercado de trabalho para "terem sucesso", ou seja, para subir na carreira.

Mas talvez esteja na hora de as pessoas checarem seus próprios resultados e, eventualmente, demitirem seus gurus por incompetência.

Dois estudos recém-publicados mostram evidências empíricas de que ser agressivamente maquiavélico não ajuda as pessoas a progredir no âmbito profissional.

Os dois estudos concluíram que ser um "presunçoso agressivo" não oferece nenhuma vantagem no avanço na carreira.

Força para cima e força para baixo

Os pesquisadores rastrearam pessoas tidas como muito tenazes ou até "desagradáveis" no trato com os outros, da faculdade ou da pós-graduação até suas carreiras profissionais, cerca de 14 anos depois.

O que se viu foi que qualquer aumento de poder obtido por essas pessoas por serem intimidantes foi compensado por seus relacionamentos interpessoais ruins, com uma força puxando para cima, mas outra puxando igualmente para baixo.

"Fiquei surpreso com a consistência dos resultados. Não importa o indivíduo ou o contexto, a desagradabilidade não deu às pessoas uma vantagem na competição pelo poder - mesmo em culturas organizacionais mais implacáveis, do 'cão-come-cão'," disse o professor Cameron Anderson, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).

Idiotas no poder

Isso não quer dizer que "carreiristas desagradáveis e agressivos" não alcancem posições de poder: É que eles não avançaram mais rápido do que os outros, e ser um "presunçoso idiota" simplesmente não ajudou, disse Anderson.

O que se viu, 14 anos depois, foi que qualquer aumento de poder que essas pessoas obtinham por serem intimidantes era anulado por seus relacionamentos interpessoais ruins, o que os puxava carreira abaixo ou evitava novas promoções.

Em contraste, os pesquisadores descobriram que as pessoas mais extrovertidas eram as mais propensas a ter avançado em suas organizações, com base em sua sociabilidade, energia e assertividade.

"A má notícia aqui é que as organizações colocam indivíduos desagradáveis no comando com a mesma frequência que colocam pessoas agradáveis," ressaltou Anderson. "Em outras palavras, elas permitem que os idiotas ganhem poder na mesma proporção que qualquer outra pessoa, embora os idiotas no poder possam causar sérios danos à organização."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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