24/03/2012

Amizades online permitem localizar pessoas com precisão de 100 metros

Redação do Diário da Saúde

Companhias virtuais, localização real

Conte-me com quem tuitas e eu lhe direi quem és.

O antigo ditado sobre boas e más companhias acaba de ser adaptado para a era tecnológica.

Cientistas da Universidade de Rochester (EUA) demonstraram que é possível levantar inúmeras informações sobre uma pessoa, incluindo sua localização física, a partir de suas interações nas redes sociais.

E isto se mantém verdadeiro mesmo se a pessoa tornar seus perfis privativos, ou seja, não deixá-los abertos a qualquer um.

GPS das amizades

Os pesquisadores conseguiram determinar a localização de uma pessoa dentro de um raio de 100 metros com uma precisão de 85% usando apenas a localização dos seus amigos.

Eles também conseguiram prever as amizades de uma pessoa no Twitter com grande precisão, mesmo de pessoas cujo perfil não é aberto.

"Se as pessoas gastam um bocado de tempo juntas online, e falam sobre as mesmas coisas, elas muito provavelmente são amigas," diz o pesquisador Adam Sadilek.

A natureza pessoal das mensagens tornou mais fácil determinar os relacionamentos.

Sadilek explica que usuários "pesados" do Twitter, aqueles que trocam muitas mensagens durante o dia todo, passam a maior parte do tempo falando de si mesmos.

Ele e seus colegas desenvolveram então um programa de computador que coleta as informações de uma rede de amigos e, partindo das informações que estão disponíveis, deduz as informações das pessoas que tentam se manter mais discretas.

Twitter da saúde

Os cientistas não estão interessados apenas em xeretar a vida das pessoas.

Eles planejam usar os modelos agora desenvolvidos para detectar e rastrear a disseminação de doenças.

Se um grupo significativo de pessoas, explicam eles, começar a trocar mensagens sobre estar com febre ou não estar se sentindo bem, isto pode ser um bom indicador de um surto de uma gripe ou outra infecção.

E as autoridades de saúde poderão saber rapidamente onde está fisicamente o foco da doença, e agir sobre ele.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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