28/04/2020

Descobertas substâncias para controlar o relógio biológico

Redação do Diário da Saúde
Descobertas substâncias para controlar o relógio biológico
As duas substâncias podem controlar o relógio biológico, ativando-o ou reduzindo seus tique-taques. [Imagem: Issey Takahashi/ITBM-Nagoya University]

Ritmo acelerado

Ainda não faz uma década que pesquisadores japoneses descobriram como ler as horas no relógio biológico humano, e menos tempo ainda desde que a descoberta dos ritmos circadianos ganhou o Nobel.

Agora, outra equipe japonesa descobriu compostos químicos capazes de acertar o relógio biológico humano, permitindo, por assim dizer, "estender o tempo biológico" - até agora as manipulações do relógio biológico eram feitas com luz.

O relógio biológico, ou circadiano, controla uma variedade de fenômenos biológicos que ocorrem ao longo do dia, como dormir e acordar. E hoje já se sabe que nossos tecidos e órgãos têm seus próprios relógios biológicos.

A perturbação desses ritmos naturais tem sido associada a muitas doenças, como distúrbios do sono, síndrome metabólica e até câncer.

Assim, o desenvolvimento de substâncias capazes de regular componentes específicos do relógio circadiano fornece uma plataforma para o tratamento terapêutico dessas doenças, além de aumentar a compreensão da base molecular da função desses ritmos.

Gordura marrom

Simon Miller e seus colegas descobriram duas pequenas moléculas - KL101 e TH301 - que prolongam o tempo do relógio circadiano ao controlar seletivamente dois componentes do relógio - CRY1 e CRY2, respectivamente.

Como primeira linha de ação, em busca da utilização terapêutica da sua descoberta, a equipe pretende a seguir verificar se os compostos KL101 e TH301 podem ser usados para o tratamento terapêutico da obesidade.

Isto porque, ao fazer seus experimentos, eles descobriram que os dois componentes do relógio biológico - CRY1 e o CRY2 - são necessários para a diferenciação dos adipócitos marrons, células da chamada "gordura boa", que queima energia, em vez de armazená-la.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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