09/08/2023

Proteína pode explicar declínio cognitivo no envelhecimento

Redação do Diário da Saúde

Evitar o declínio cognitivo

Cientistas descobriram o que eles acreditam ser o mecanismo central por trás do declínio cognitivo associado ao envelhecimento normal.

E, se este for mesmo o alvo correto, a descoberta abre o caminho para evitar esse declínio cognitivo.

"O mecanismo envolve a má regulação de uma proteína cerebral conhecida como CaMKII, que é crucial para a memória e o aprendizado," conta o professor Ulli Bayer, da Universidade do Colorado (EUA). "Este estudo sugere diretamente estratégias específicas de tratamento farmacológico."

Usando modelos de envelhecimento em camundongos, a equipe descobriu que alterar a proteína cerebral CaMKII gera efeitos cognitivos semelhantes aos que ocorrem durante o envelhecimento normal.

O envelhecimento em camundongos e nos seres humanos diminui um processo conhecido como S-nitrossilação, que consiste na modificação de proteínas específicas do cérebro, incluindo a CaMKII.

"Este estudo agora mostrou que uma diminuição nessa modificação da CaMKII é suficiente para causar deficiências na plasticidade sináptica e na memória, que são semelhantes no envelhecimento," disse Bayer.

Óxido nítrico

O envelhecimento normal reduz a quantidade de óxido nítrico no corpo. Isso, por sua vez, reduz a nitrossilação, que reduz a memória e a capacidade de aprendizado.

O professor Bayer afirma que esta descoberta abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos e outras intervenções terapêuticas que possam normalizar a nitrossilação da proteína, abrindo a possibilidade de tratar ou evitar o declínio cognitivo natural.

Pela ação da proteína, contudo, sabe-se de antemão que, se as expectativas se confirmarem, isso só funcionará no declínio cognitivo normal relacionado à idade, e não no declínio observado na doença de Alzheimer e em outras demências.

"Nós sabemos que essa proteína pode ser alvejada," disse Bayer. "E achamos que isso pode ser feito farmacologicamente. Esse é o próximo passo lógico [da nossa pesquisa]."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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