12/03/2024 Efeitos da luz azul na saúde humana ainda não estão clarosRedação do Diário da Saúde
Estudos in vitro, por outro lado, mostram que a luz azul de celulares e tablets mata células da retina.[Imagem: Dan Miller/The University of Toledo]
Estudos científicos ruins Há anos, médicos e cientistas têm expressado preocupação com os potenciais efeitos adversos à saúde decorrentes da exposição excessiva à luz de comprimento de onda curto (LCOC), que inclui a luz azul dos celulares, notebooks, tablets e computadores. No entanto, ao revisar as pesquisas científicas sobre o assunto, especialistas da Comissão Internacional de Proteção contra Radiações Não Ionizantes (ICNIRP) identificou uma falta de consenso sobre se a LCOC de fontes artificiais realmente perturba o ritmo circadiano e, em caso afirmativo, se o ritmo circadiano perturbado pela LCOC está associado a resultados adversos para a saúde. Em outras palavras, não é que a luz azul atrapalhe ou não atrapalhe a saúde e o sono: Os estudos científicos feitos até agora não foram bem feitos o suficiente para que se tire uma conclusão assim taxativa. O sistema neuroendócrino e os ritmos circadianos são particularmente sensíveis à LCOC, que é definida pela ICNIRP como luz na faixa de comprimento de onda de 380 a 550 nanômetros. Além disso, a LCOC pode reduzir a sonolência noturna através de um efeito de alerta, suprimindo os níveis de melatonina e, consequentemente, afetando a qualidade e a duração do sono, o que, com o tempo, pode afetar negativamente a saúde. Ainda assim, "as evidências de estudos experimentais são inconsistentes, com muitos estudos indicando possíveis efeitos da LCOC no estado de alerta ou no sono, e muitos outros não apoiando tais efeitos," afirma o painel da ICNIRP. Só recentemente foram desvendados os efeitos biológicos da luz azul. [Imagem: UPHS/UPenn] Por que há conclusões diferentes? As razões para os resultados conflitantes dos estudos científicos podem incluir diferenças entre os estudos na intensidade, nos comprimentos de onda usados, na duração e no tempo de exposição à luz; diferenças nas variáveis de resultado; e efeitos de variáveis moderadoras, como exposição prévia à luz e idade e sexo dos participantes do estudo. Os especialistas observam que, embora seja difícil tirar uma conclusão geral, a LCOC pode reduzir a sonolência em alguns indivíduos, ou em determinadas circunstâncias, e assim afetar negativamente o sono. "No entanto, a maioria dos estudos que avaliaram a perturbação circadiana devido à exposição à luz foram realizados em trabalhadores por turnos," relata o painel. "Nesses estudos, a exposição dos trabalhadores por turnos à luz durante a noite biológica foi tida como certa, sem medições diretas da sua exposição à luz." Supõe-se frequentemente que os trabalhadores por turnos estejam predominantemente expostos à LCOC, acrescentam os especialistas, mas nenhum estudo de longo prazo mediu diretamente o comprimento de onda das fontes de luz para verificar e quantificar isto. O painel apela a uma análise das lacunas de dados e à qualidade dos estudos científicos "para delinear os tipos de estudos necessários, os parâmetros que devem ser abordados e as metodologias que devem ser aplicadas em estudos futuros, para que possa ser tomada uma decisão sobre a necessidade de diretrizes de exposição." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |