23/05/2019

Equipes de enfermagem são essenciais para saúde universal

Com informações da Paho

Estratégia para enfermagem

Ao lançar a "Orientação Estratégica para Enfermagem na Região das Américas", a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) convocou os países a investirem em profissionais de enfermagem para melhorar sua disponibilidade, distribuição e funções para avançarem rumo à saúde universal.

Enfermeiras e enfermeiros representam a maior força de trabalho em saúde, respondendo por mais de 50% dos profissionais da área. Apesar disso, a falta desses profissionais na maioria dos países da América Latina compromete a meta global de alcançar saúde para todos até 2030.

Carissa Etienne, diretora da OPAS, destacou que, "em muitas partes do mundo, os profissionais de enfermagem são o primeiro e às vezes único recurso humano em contato com os pacientes" e afirmou que "investir em enfermagem possibilita avançar para o acesso e a cobertura universal de saúde, o que terá um profundo efeito sobre a saúde e bem-estar globais".

Mais enfermeiros

O relatório sobre orientações estratégicas descreve a atual situação da enfermagem nas Américas. Ressalta que existe uma lacuna importante na disponibilidade e no acesso aos recursos humanos para a saúde, dos quais as enfermeiras e os enfermeiros são uma parte importante. Além disso, há também um défice atual de 800 mil trabalhadores de saúde nas Américas, incluindo equipes de enfermagem.

Mobilidade e migração, má distribuição, falta de regulamentação, incentivos insuficientes para o avanço profissional, falta de acesso à educação superior e ambientes de trabalho inadequados aumentam os problemas relacionados aos recursos humanos para a saúde em todo o mundo.

Para abordar a migração de profissionais de enfermagem, o relatório considera necessário investir em estratégias de retenção de recursos humanos, particularmente em países de baixa renda e em pequenos estados insulares em desenvolvimento.

Enfermeiras por habitante

A densidade de equipes de enfermagem, que inclui enfermeiros licenciados, tecnólogos, técnicos e auxiliares, varia de país para país e geralmente é baixa na América Latina. Enquanto nos Estados Unidos e no Canadá existem 111 e 106 enfermeiros por cada 10.000 habitantes, respectivamente, no Haiti, Honduras e República Dominicana há menos de 4.

Existem também discrepâncias no número de profissionais de enfermagem por médicos. Nos Estados Unidos e no Canadá existem quatro enfermeiros para cada médico. Nos outros 27 países analisados, há menos de 2 e, em 15 deles, menos de 1.

De acordo com o relatório, evitar um déficit de enfermeiras e enfermeiros requer o desenvolvimento de estratégias nacionais para a formação de novos profissionais, bem como políticas adequadas de retenção, investimento na força de trabalho e promoção da autonomia profissional.

O relatório também recomenda expandir e regular o papel das enfermeiras e enfermeiros licenciados no primeiro nível de atenção para melhorar o acesso e o atendimento em áreas com um número limitado de médicos. Defende também uma melhor distribuição de profissionais em áreas remotas e rurais; um aumento nos incentivos para a prática interprofissional e um crescimento no número de programas de treinamento credenciados, especialmente considerando que, na maioria dos países, há poucas escolas de enfermagem e programas de pós-graduação.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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