26/03/2012 Intestino artificial cabe dentro de um chipRedação do Diário da Saúde
Esta é a melhor reprodução artificial do intestino já feita, já estando pronta para uso em testes de toxicidade e avaliação de moléculas para desenvolvimento de novos medicamentos.[Imagem: Ingber Lab/RSC]
Intestino em um chip Testar novos medicamentos em animais enfrenta sérias questões éticas, nem sempre produz resultados que podem ser transpostos para o ser humano e, de resto, não sai barato. É por isso que vários grupos de cientistas ao redor do mundo vêm desenvolvendo alternativas tecnológicas à experimentação com animais. A mais recente delas acaba de ser apresentada pela equipe do Dr. Donald Ingber, da Universidade de Harvard (EUA). Trata-se de um minúsculo dispositivo capaz de imitar a estrutura e a fisiologia do intestino humano, incluindo a flora intestinal e os movimentos naturais ritmados do órgão, os chamados movimentos peristálticos. Intestino artificial Embora o teste de fármacos em culturas celulares seja um caminho natural, essas culturas também não replicam adequadamente os órgãos humanos, o que é essencial quando é necessário observar a ação sistêmica das moléculas que estão sendo investigadas. A saída é o desenvolvimento dos chamados órgãos artificiais, estruturas miniaturizadas que nem sempre lembram o órgão humano real, mas constituem plataformas de testes muito melhores do que órgãos de animais ou culturas planas. O biochip contém dois canais microscópicos, separados por uma membrana flexível. Essa membrana é recoberta com uma camada de células epiteliais do intestino humano suficiente para criar uma cultura da bactéria Lactobacillus rhamnosus, essencial à flora intestinal. Os cientistas simulam as contrações do intestino aplicando uma pequena sucção, alternadamente, entre os dois canais, causando o dobramento do tecido intestinal, as chamadas vilosidades. Eles afirmam que esta é a melhor reprodução artificial do intestino já feita, já estando pronta para uso em testes de toxicidade e avaliação de moléculas para desenvolvimento de novos medicamentos. Órgãos artificiais Outros grupos já criaram um fígado artificial, tecidos sintéticos da mucosa da boca e do estômago, células para testes de alergias e até uma boneca feita com células vivas. Mais recentemente, começaram a avançar as pesquisas rumo a um cérebro artificial. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |