30/08/2021

Motivação depende de como seu cérebro processa a fadiga

Redação do Diário da Saúde
Motivação depende de como seu cérebro processa a fadiga
Algumas vezes, nem para ganhar dinheiro você se disporá a qualquer esforço.[Imagem: Tanja Müller et al. - 10.1038/s41467-021-24927-7]

Relação do cansaço com o trabalho

Como decidimos se uma atividade que vai nos dar trabalho vale o esforço ou não?

Não há uma resposta única porque a vontade de trabalhar não é estática, dependendo dos ritmos flutuantes da fadiga, afirmam pesquisadores das universidades Birmingham e Oxford (Reino Unido).

A fadiga - a sensação de cansaço por realizar tarefas difíceis - é algo que todos nós experimentamos diariamente. Isso nos faz perder a motivação e querer fazer uma pausa. Embora os cientistas conheçam alguns mecanismos que o cérebro usa para decidir se uma determinada tarefa vale o esforço, a influência da fadiga nesse processo ainda não é bem compreendida.

A pesquisadora Tanja Muller idealizou então uma pesquisa para investigar o impacto da fadiga na decisão de uma pessoa de se esforçar.

Em uma conclusão nada surpreendente, ela "descobriu" que as pessoas têm menos probabilidade de trabalhar e se esforçar - até mesmo por uma recompensa monetária - quando estão cansadas.

Dois tipos de fadiga

Embora a conclusão principal do estudo não cause espanto, os pesquisadores descobriram algo curioso: Há dois tipos diferentes de fadiga, e eles foram detectados em partes distintas do cérebro.

Na primeira, a fadiga é vivida como uma sensação de curta duração, podendo ser superada após um breve descanso. Com o tempo, porém, uma segunda sensação se acumula, impedindo as pessoas de quererem trabalhar. E essa fadiga de longo prazo e não vai embora com descansos breves.

"Nós descobrimos que a disposição das pessoas em exercer esforço oscilava a cada momento, mas diminuía gradualmente à medida que repetiam uma tarefa ao longo do tempo," contou Tanja Muller. "Essas mudanças na motivação para trabalhar parecem estar relacionadas ao cansaço - e às vezes nos fazem decidir não persistir."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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