27/10/2020

Nova teoria propõe que consciência fica entre a matéria e a energia

Redação do Diário da Saúde
Nova teoria da consciência fica entre o cérebro e a alma
Nossa consciência é contínua ou discreta? Talvez as duas coisas.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Consciência como energia do cérebro

A energia eletromagnética no cérebro permite que a matéria cerebral crie nossa consciência e nossa capacidade de estar atentos e pensar.

Esta é a nova teoria desenvolvida pelo professor Johnjoe McFadden, da Universidade de Surrey (Reino Unido).

O professor McFadden postula que a consciência é na verdade o campo de energia do cérebro.

Segundo ele, esse ponto de vista pode abrir caminho não apenas para uma revolução na forma como a mente humana é estudada, mas também para o desenvolvimento de inteligências artificiais conscientes - robôs conscientes e com a capacidade de pensar por si próprios, sem precisarem ser programados para cada tarefa.

Teorias sobre consciência

As primeiras teorias sobre o que é a nossa consciência e como ela foi criada sempre tenderam para o metafísico, sugerindo que os humanos, e provavelmente outros animais, possuem uma "entidade" imaterial que os controla e confere consciência, pensamento e livre arbítrio - capacidades que faltam aos objetos inanimados. Essa abordagem normalmente é conhecida como "dualismo". A maioria dos cientistas não trabalha com essa visão, abraçando a ideia de uma consciência gerada pelo próprio cérebro e sua rede de bilhões de neurônios. Essa abordagem normalmente é conhecida como "monística".

McFadden toma uma terceira via, propondo uma forma científica de dualismo baseada nas diferenças de manifestação entre a matéria e a energia, em vez de uma divisão entre matéria e espírito.

A teoria se baseia em que, quando os neurônios no cérebro e no sistema nervoso disparam, eles não apenas enviam o familiar sinal elétrico pelas fibras nervosas, mas também geram um pulso de energia eletromagnética que se espalha pelo tecido circundante. Essa energia geralmente é desconsiderada, mas ela carrega as mesmas informações que as descargas nervosas diretas via neurônios, só que na forma de uma onda de energia, em vez de um fluxo de átomos ou íons para dentro e para fora dos nervos.

Esse campo eletromagnético é bem conhecido e é rotineiramente detectado por técnicas de varredura cerebral, como o eletroencefalograma (EEG) e a magnetoencefalografia (MEG), mas tem sido descartado como irrelevante para a função cerebral e a consciência.

Robôs conscientes

O que o professor McFadden propõe é que o campo eletromagnético rico em informações do cérebro é, na verdade, a sede da consciência, impulsionando o livre arbítrio e as ações voluntárias.

Essa nova teoria também explica por que, apesar de sua imensa complexidade e operação ultrarrápida, os computadores de hoje não apresentaram a menor centelha de consciência. Contudo, como os computadores funcionam fundamentalmente com campos eletromagnéticos, com o desenvolvimento técnico correto, robôs conscientes e capazes de pensar por si mesmos podem se tornar uma realidade, diz o pesquisador.

"Como a matéria cerebral se torna consciente e consegue pensar é um mistério que tem sido ponderado por filósofos, teólogos, místicos e pelas pessoas em geral há milênios. Acredito que este mistério agora foi resolvido, e que a consciência é a experiência dos nervos se conectando ao campo eletromagnético autogerado do cérebro para conduzir o que chamamos de 'livre arbítrio' e nossas ações voluntárias," defende McFadden.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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