20/05/2020

Novo tratamento não invasivo para próstata

Redação do Diário da Saúde
Novo tratamento não invasivo para próstata
Hipótese inflamatória subjacente à hiperplasia prostática benigna e mecanismo biofísico da eficácia da terapia de campo eletromagnético pulsado. [Imagem: Tenuta et al. - 10.1111/andr.12775]

Terapia de campo eletromagnético pulsado

Médicos da Universidade Sapienza (Itália) publicaram resultados promissores de um pequeno estudo prospectivo de uma intervenção para tratar homens que sofrem de hiperplasia prostática benigna (HPB), mais conhecida como próstata aumentada.

O tratamento foi feito com uma técnica não invasiva conhecida como TCEP - terapia de campo eletromagnético pulsado.

Após um mês de tratamento, o volume da próstata e os sintomas diminuíram significativamente. Homens com sintomas moderados a graves do trato urinário e sem síndrome metabólica se beneficiaram mais com o tratamento.

Terapia de campo eletromagnético pulsado e HPB

A terapia de campo eletromagnético pulsado consiste em ondas de energia de baixa frequência, que têm sido usadas para uma variedade de doenças, como várias condições ortopédicas.

O campo eletromagnético reduz a inflamação ao promover o crescimento de novos vasos sanguíneos, dilatação dos vasos sanguíneos existentes e remodelação dos tecidos. O efeito geral é a redução da hipóxia tecidual.

"Os pacientes ficaram satisfeitos com este programa de tratamento simples e ficamos muito satisfeitos que seus sintomas melhoraram significativamente após apenas um mês de tratamento, sem nenhum tipo de efeito colateral," disse o professor Andrea Isidori.

Após apenas 28 dias de tratamento, a terapia reduziu significativamente o volume da próstata. Os sintomas também melhoraram, com alta adesão e sem efeitos na função hormonal e sexual.

A equipe agora planeja fazer um ensaio com um número maior de pacientes e um grupo de controle, o que será necessário para entender melhor o cronograma e a duração ideais do tratamento, o impacto do tratamento no tecido da próstata e o uso potencial da técnica em conjunto com as terapias tradicionais da HPB.

Próstata aumentada

A próstata produz líquido prostático, que é um componente principal do sêmen. A maioria dos homens com mais de 50 anos desenvolve próstata aumentada, ou HPB - a glândula pode chegar ao tamanho de um limão, pressionando a bexiga e a uretra.

A HPB inclui sintomas crônicos do trato urinário inferior, como micção frequente e urgente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e diminuição da força do fluxo urinário.

A etiologia da doença não é completamente conhecida, mas o dano inflamatório é a causa mais provável. A inflamação desencadeia fibrose e falta de oxigênio no tecido afetado, resultando em alterações estruturais na próstata. Isso cria um ciclo de inflamação-fibrose-hipoxia-inflamação, que por sua vez causa remodelação glandular e crescimento do tecido.

As opções tradicionais de tratamento para a HPB incluem medicamentos, como bloqueadores alfa e inibidores da 5-redutase, ou intervenções cirúrgicas, mas existem efeitos colaterais, incluindo disfunção erétil e perda do controle da bexiga.

Alguns homens afetados têm-se beneficiado de ingerir suplementos de uma planta conhecida como Saw Palmetto, uma palmeira curta nativa do sudeste dos Estados Unidos. Os índios norte-americanos usavam as bagas dessa planta para tratar problemas urinários há séculos. O suplemento de ervas proporciona alívio, mas as evidências clínicas de sua eficácia ainda não são conclusivas. Claramente, são necessários tratamentos eficazes e menos invasivos para esta doença tão comum.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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