06/11/2020

Para sair-se bem na meditação, durma bem

Redação do Diário da Saúde
Para sair-se bem na meditação, durma bem
E o inverso também é verdadeiro, uma vez que outros estudos mostraram que a meditação melhora o sono e diminui a fadiga diurna.[Imagem: USC]

Meditação e sono

Poucas práticas trazem tantos benefícios quanto a meditação. A prática da chamada meditação da mente alerta, por exemplo, traz benefícios para o bem-estar diário e para o desempenho no trabalho.

Essa prática consiste em estar em "atenção plena", que é alcançada trazendo intencionalmente a consciência e a atenção para as experiências que ocorrem no momento presente, sem julgamentos ou críticas, apenas observando o que está acontecendo.

Parece simples, mas não é uma tarefa fácil para iniciantes, que não conseguem controlar seus pensamentos, perdendo a atenção em poucos segundos.

A boa notícia é que dormir cerca de meia hora a mais a cada noite pode ser a chave para melhorar a atenção plena.

Atenção plena para enfermeiros

Ao contrário de estudos anteriores, Soomi Lee e seus colegas da Universidade do Sul da Flórida (EUA) observaram como as múltiplas dimensões do sono afetam a atenção diária - em vez de focar apenas na qualidade ou na duração do sono.

Para isso, eles usaram enfermeiras e enfermeiros como voluntários, um grupo de profissionais de saúde cuja necessidade de sono ideal e atenção plena é particularmente alta. E problemas de sono são comuns nesta população devido a longos turnos, falta de controle da situação e proximidade de condições de saúde potencialmente fatais.

A equipe descobriu que a atenção plena das enfermeiras era maior do que o normal após noites com maior suficiência de sono, melhor qualidade do sono, menor eficiência e maior duração do sono (meia hora extra a mais). A atenção consciente diária contribuiu para menos sonolência no mesmo dia.

E aqueles profissionais com maior atenção plena apresentaram 66% menos probabilidade de apresentar sintomas de insônia.

"Uma pessoa pode estar acordada e alerta, mas não necessariamente atenta. Da mesma forma, uma pessoa pode estar cansada ou com pouca excitação, mas ainda pode estar atenta," disse Lee. "A atenção plena está além de estar apenas acordado. Indica controle da atenção e autorregulação que facilita a sensibilidade e o ajuste adaptativo aos fatores ambientais e internos, que são essenciais para fornecer cuidados conscientes aos pacientes e lidar com situações estressantes de maneira eficaz."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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