09/09/2020

Pessoas generosas são consideradas mais bonitas

Redação do Diário da Saúde
Pessoas generosas são consideradas mais bonitas
Outros estudos já haviam mostrado que achar alguém bonito exige pensamento - mais especificamente, parece que a beleza está no córtex órbito-frontal medial de quem vê.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Beleza e bondade

Há muito se sabe que o ato de dar algo a outra pessoa pode ter efeitos positivos sobre a pessoa que está dando, como um aumento na felicidade, na autoconfiança e até na saúde física.

Estudos mostram desde a chamada epidemia do bem, com atos de bondade espalhando-se pela sociedade, até pessoas generosas sendo mais felizes e mostrando que a bondade traz felicidade duradoura.

Mas uma nova pesquisa descobriu que pode haver outra implicação potencial da bondade: a atratividade física.

Sara Konrath e Femida Handy, da Universidade de Indiana (EUA), descobriram que os doadores são avaliados como mais atraentes. E parece que até o contrário vale, com as pessoas consideradas mais atraentes mostrando maior probabilidade de serem doadoras.

"Os poetas e filósofos têm sugerido uma ligação entre beleza moral e beleza física por séculos," disse Sara. "Este estudo confirma que as pessoas que são percebidas como mais atraentes são mais propensas a dar e os doadores são vistos como mais atraentes."

Cosmética da bondade

As duas pesquisadoras usaram dados de três grandes pesquisas, uma que examinou adultos mais velhos uma única vez, e dois outros, que começaram no final da adolescência e acompanharam os participantes por anos - um desses estudos acompanhou os participantes até a terceira idade.

Elas procuraram respostas para duas perguntas: Os indivíduos que adotam comportamentos mais generosos são classificados como mais atraentes fisicamente? E, ao contrário, as pessoas consideradas mais atraentes fisicamente têm maior probabilidade de assumir comportamentos de doação?

Os dados de atratividade física não tinham informações sobre os comportamentos de doação dos participantes, permitindo às pesquisadoras determinar se os comportamentos de doação de uma pessoa se correlacionavam com sua atratividade física, sem o "efeito halo" dos avaliadores serem influenciados pelo conhecimento dos comportamentos de doação dos participantes.

No que diz respeito aos mais velhos, o voluntariado e a doação mostraram-se relacionados a maiores índices de atratividade. No caso dos mais jovens, aqueles que se voluntariaram pontuaram melhor na beleza, mas não os que faziam mais doações.

"Embora não possamos explicar totalmente por que existe uma ligação entre comportamentos de doação e atratividade, encontramos uma consistência notável nos três estudos, apesar de serem conduzidos em momentos diferentes, usando participantes diferentes e usando métodos e medidas diferentes," disse Femida.

"Nossas descobertas sugerem que os produtos e procedimentos de beleza podem não ser a única maneira de aumentar a atratividade de um indivíduo. Talvez ser generoso possa ser a próxima tendência de beleza," acrescentou Sara.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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