14/07/2021

Pessoas poderosas têm dificuldade em compreender os erros dos outros

Redação do Diário da Saúde
Pessoas poderosas têm dificuldade em compreender os erros dos outros
Parece que é mais difícil ter empatia quando se trata de adversários políticos no jogo do poder.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Mentalidade de escolha

Pessoas detentoras de poder são mais propensas a culpar os outros por apresentarem defeitos e imperfeições, e também são menos preocupadas com relatos de desigualdade.

Yidan Yin e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Diego definem "poder" como a capacidade de controle sobre recursos que têm valor para si e para os outros, o que coloca na classe dos poderosos as pessoas ricas, os chefes e executivos e os políticos.

A equipe descobriu que as pessoas em posições de poder são mais propensas a adotar uma "mentalidade de escolha", o que significa que, como elas têm muitas escolhas (a definição de poder em muitos casos), elas veem as outras pessoas com menos poder como tendo igualmente muitas opções, independentemente da situação real dessas outras pessoas.

Consequentemente, os indivíduos de alto poder têm mais probabilidade de culpar os outros se eles apresentarem um desempenho ruim e também mais propensos a puni-los.

"Ter uma mentalidade de escolha muda a forma como os indivíduos pensam, sentem e se comportam," disse Yin. "Em comparação com as pessoas de baixo poder, as de alto poder têm menos probabilidade de estar cientes das limitações dos outros. Como resultado, atribuem mais culpa quando as pessoas cometem erros ou têm deficiências. Portanto, veem a hierarquia atual como mais justificada."

Poder e empatia

Os resultados da pesquisa foram derivados de três estudos diferentes que os pesquisadores conduziram para replicar as descobertas em diferentes cenários.

"No estudo um estávamos medindo o poder, no estudo dois manipulamos o poder, e, no estudo três, criamos um mundo em que os juízes sabiam que a pessoa-alvo tinha menos poder e menos escolhas. Queríamos ver se as percepções permaneciam consistentes em todas as três configurações. Foi uma combinação de replicação e adição dessas voltas e reviravoltas adicionais," disse Yin.

As implicações têm longo alcance, da gestão das políticas econômicas em nível nacional até o local de trabalho.

"Os gerentes devem estar cientes de quantas escolhas a mais eles têm do que seus subordinados e sua tendência de projetar suas próprias escolhas nos outros, especialmente quando os funcionários cometem erros," aconselhou Yin.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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