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17/11/2025 Por que as mulheres vivem mais que os homens, segundo a teoria da evoluçãoRedação do Diário da Saúde![]()
Você sabia que as mulheres otimistas vivem mais que as pessimistas?[Imagem: Anastasia Borisova/Pixabay]
Nem todas as fêmeas vivem mais Em praticamente todos os países e épocas históricas, as mulheres tendem a viver mais do que os homens. Embora os avanços médicos e a melhoria dos padrões de vida tenham reduzido essa diferença em alguns lugares, novos estudos sugerem que ela está profundamente enraizada na evolução e dificilmente desaparecerá. Acontece que padrões semelhantes aparecem em muitas espécies animais, indicando que as raízes da longevidade vão muito além da vida moderna. Johanna Staerk e colaboradores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (Alemanha), juntamente com outros 15 pesquisadores de todo o mundo, realizaram o estudo mais abrangente já feito até hoje sobre as diferenças na expectativa de vida entre os sexos. Em busca das características mais gerais envolvendo o fenômeno, eles reuniram dados de mamíferos e de aves. A análise da diferença de longevidade entre os sexos revelou que, em média, as fêmeas dos mamíferos vivem 13% a mais do que os machos, enquanto nas aves ocorre o oposto: Os machos vivem cerca de 5% a mais. A pesquisa indica que este padrão é influenciado por uma combinação de genética, estratégias de acasalamento e investimento parental, o quanto o casal se dedica à criação dos filhotes. ![]() As mulheres vivem mais, mas podem viver melhor com uma dieta específica. [Imagem: Ksenia Popova/Pixabay] Competição Ao analisar dados de 1.176 espécies, os cientistas confirmaram a "hipótese do sexo heterogamético": o sexo com cromossomos sexuais diferentes (XY nos mamíferos machos, ZW nas aves fêmeas) tende a ter uma vida mais curta, possivelmente por ter menos proteção genética contra mutações nocivas. No entanto, esta não é a história completa. A competição por parceiros é um fator crucial: Em mamíferos polígamos, onde os machos competem intensamente, eles morrem mais jovens. Já em aves monogâmicas, a competição é menor e os machos frequentemente superam as fêmeas em longevidade. Aqui a explicação evolutiva falha para os humanos, já que esta não é mais uma questão, com a corte não envolvendo disputas físicas, mas os homens continuam vivendo menos. Outro detalhe levantando pelos cientistas é que o sexo que mais investe na criação da prole (geralmente as fêmeas nos mamíferos) tende a viver mais. Isso também é controverso para o caso dos humanos. Mesmo para os animais pode ser uma vantagem evolutiva para garantir que a prole sobreviva, embora isso também exija da fêmea um esforço muito maior durante sua vida, o que então deveria reduzir sua longevidade. De qualquer modo, os cientistas argumentam que seus resultados fornecem uma base fundamental para entender os mecanismos do envelhecimento de uma perspectiva evolutiva. Compreender por que um sexo é biologicamente mais vulnerável pode orientar futuras pesquisas em medicina, focando em tratamentos específicos para cada sexo que levem em conta essas predisposições inatas. O estudo também mostra que, embora melhorias ambientais (como viver em um zoológico seguro) possam reduzir a diferença de longevidade entre os sexos, elas não a eliminam, indicando que as soluções para a disparidade de longevidade devem considerar tanto o ambiente quanto a biologia de cada espécie. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |
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