27/10/2021

Se a pressão não baixa, o que é melhor: Uma dose maior ou um medicamento adicional?

Redação do Diário da Saúde
Se a pressão não baixa, o que é melhor: Uma dose maior ou um medicamento adicional?
Só recentemente os cientistas descobriram o "elo perdido" no controle da pressão arterial no ser humano.[Imagem: Hirofumi Watanabe et al. - 10.1161/CIRCRESAHA.120.318711]

Receita não seguida

Algumas vezes, mesmo que a pessoa esteja tomando remédios para controlar a pressão arterial, ela continua muito alta.

Por isso, pesquisadores partiram para estudar o que é melhor: Aumentar a dose do medicamento que está sendo usado pelo paciente ou adicionar um novo medicamento ao tratamento?

Em uma análise dos dados de quase 179.000 pacientes que receberam tratamento durante dois anos em hospitais nos EUA, Carole Aubert e seus colegas descobriram primeiro um fator importante, mas que nem sequer envolve os medicamentos: Os pacientes têm uma chance melhor de seguir a receita e efetivamente tomar a medicação se seu médico aumentar a dosagem do medicamento que eles já estão tomando, mas nem sempre passam a tomar um segundo medicamento.

Quando esse fator inesperado foi isolado, trabalhando apenas com os pacientes que realmente aderiram às modificações na receita - com aumento da dosagem ou com acréscimo de um medicamento -, a equipe descobriu que ambas as estratégias diminuem a pressão arterial.

Na verdade, houve um ligeiro ganho com a adição de um novo medicamento, mas a equipe acredita que o ganho é tão pequeno que não justifica a recomendação dessa linha de ação justamente pela descoberta inicial de que os pacientes nem sempre aderem ao novo medicamento.

"As diretrizes de tratamento sugerem o início do tratamento com vários medicamentos, e os médicos se sentem confortáveis com uma abordagem de 'começar devagar e ir devagar' em pacientes mais velhos," disse a Dra Lillian Min, da Universidade de Michigan (EUA). 'Mas estes resultados mostram que, em pacientes mais velhos, temos mais oportunidades de ajustar as escolhas na intensificação da terapia medicamentosa para hipertensão, dependendo das características individuais do paciente."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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