07/07/2025

Seu cérebro monitora sua falta de sono - e agora sabemos como

Redação do Diário da Saúde
Seu cérebro monitora sua falta de sono - e agora sabemos como
A ativação dos neurônios reuniens gerou comportamentos preparatórios para o sono e sono profundo e persistente.[Imagem: Sang Soo Lee et al. - 10.1126/science.adm8203]

Monitoramento do sono

Todos nós sabemos o quanto a falta de sono ou uma noite mal dormida nos afetam. A diferença entre a quantidade de sono necessária e a quantidade que realmente dormimos de fato afeta não apenas nosso humor e disposição, mas pode ter efeitos a longo prazo.

Contudo, até agora não conhecíamos os mecanismos que fazem essa conexão entre falta de sono e saúde - por exemplo, como o cérebro rastreia a falta de sono ou nos obriga a compensar essa diferença.

Agora, cientistas da Universidade Johns Hopkins (EUA) descobriram neurônios que ajudam o cérebro a monitorar e se recuperar de défices de sono.

A descoberta foi feita em camundongos, mas se uma via semelhante for confirmada em humanos ela poderá aprimorar tratamentos para distúrbios do sono e outras condições marcadas por comprometimento do sono, como a doença de Alzheimer.

Neurônios reuniens

Os neurônios foram descobertos em uma região do cérebro chamada núcleo talâmico reuniens. Quando os neurônios dessa área foram estimulados, os animais tiveram inicialmente o comportamento pré-sono, em que se preparam para dormir. A seguir, veio um sono profundo e persistente, que durou horas.

"Esse padrão de sono se assemelha ao sono de recuperação e sugere que a ativação dos neurônios reuniens gera pressão de sono mesmo em animais sem débito de sono. O silenciamento desse circuito durante a privação de sono interrompe a quantidade e a qualidade do sono de recuperação, sugerindo que sua atividade sinaliza o acúmulo da necessidade de sono," dizem os pesquisadores.

Isso indica que esses neurônios não são um interruptor para ligar e desligar o sono; em vez disso, eles induzem a sonolência.

O desenvolvimento de terapias que tenham como alvo esses neurônios poderá levar à criação de novos tratamentos para a hipersonia - uma sonolência excessiva após o repouso - bem como para condições como a doença de Alzheimer, na qual as pessoas não dormem o suficiente.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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