04/10/2013

Sono de ondas lentas reforça aprendizagem

Redação do Diário da Saúde
Sono de ondas lentas reforço aprendizagem motora
As mudanças das ondas cerebrais específicas na área motora suplementar ocorreram durante uma fase particular do sono conhecida como "sono de ondas lentas".[Imagem: Brown University]

Você faz sua aula de piano, vai dormir e, quando acorda, seus dedos apresentam uma destreza muito maior para tocar a sequência de notas que você aprendeu na noite passada.

Há muito se sabe que o sono reforça nossas memórias, o que explica por que ficar sem dormir para estudar não dá bons resultados.

A correlação é tão forte que alguns pesquisadores já defendem que é possível aprender dormindo.

O que tem tirado o sono dos cientistas é descobrir o mecanismo que torna possível reforçar o que aprendemos enquanto dormimos, sobretudo a chamada aprendizagem motora, aquela que envolve movimentos.

Aprendizagem motora durante o sono

Masako Tamaki e seus colegas da Universidade Brown (EUA) conseguiram lançar algumas luzes nesse caminho ao mostrar o que acontece no cérebro durante as horas repousantes.

Os experimentos permitiram identificar as frequências das ondas cerebrais e a região do cérebro associadas com o reforço do aprendizado durante o sono - a tarefa realizada pelos voluntários era semelhante à digitação ou tocar piano.

Os voluntários que apresentaram uma maior precisão e velocidade na realização da tarefa depois de algumas horas de sono haviam apresentado significativas mudanças nas ondas cerebrais sigma e delta na área motora suplementar, uma região na parte média-superior do cérebro.

Essas mudanças das ondas cerebrais específicas na área motora suplementar ocorreram durante uma fase particular do sono conhecida como "sono de ondas lentas".

Reorganização cerebral

A magnitude da reorganização que o cérebro realizou durante o sono foi indicada pelas funções distintas que as duas oscilações das ondas cerebrais desempenham.

Segundo os pesquisadores, as oscilações delta parecem governar as mudanças na conectividade da área motora suplementar com outras áreas do córtex, ao passo que as oscilações das ondas sigma parecem fazer parte de modificações dentro da própria área motora suplementar.

Em parte porque utilizaram três tipos diferentes de exames cerebrais, esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguiram quantificar com precisão mudanças entre ondas cerebrais específicas, além da localização exata de onde se dá a atividade cerebral alterada nos indivíduos que dormiam depois de aprender a tarefa motora.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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