29/09/2020

Vitamina D: Exames podem estar medindo a coisa errada

Redação do Diário da Saúde
Vitamina D: Exames podem estar medindo a coisa errada
Há algum tempo os cientistas vêm alertando que o exagero no uso de filtros solares causa deficiência de vitamina D, sobretudo nas crianças. E vários estudos confirmam que a falta de luz solar e vitamina D aumenta o risco de câncer.[Imagem: FRL/UCR]

Alvo errado

Os níveis de vitamina D circulantes no sangue podem ser um melhor indicador de riscos futuros à saúde do que a vitamina D total frequentemente medida pelos exames.

Os dados, apresentados durante o congresso anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia, indicam que a forma precursora livre da vitamina D, encontrada circulando na corrente sanguínea, é um indicador mais preciso do risco futuro de saúde e doença.

Como a deficiência de vitamina D está associada a vários problemas graves de saúde, principalmente à medida que envelhecemos, este estudo sugere que são necessárias pesquisas científicas mais aprofundadas sobre esta questão, e que o monitoramento feito hoje pode não ser adequado.

Formas de vitamina D

Apesar de a quantidade total ser o indicador mais frequentemente usado para avaliar o status de vitamina D das pessoas, existem várias formas, ou metabólitos, de vitamina D no corpo.

O pró-hormônio 25-di-hidroxivitamina D é convertido em 1,25-di-hidroxivitamina D, que é considerada a forma ativa da vitamina D no organismo.

Mais de 99% de todos os metabólitos da vitamina D em nosso sangue estão ligados a proteínas, então apenas uma pequena fração está livre para ser biologicamente ativa.

Quando compararam todos os dados, os cientistas descobriram que os níveis totais de metabólitos da vitamina D livres e ligados mostraram-se associados a um maior risco de morte. No entanto, apenas a 25-hidroxivitamina D livre foi preditiva de problemas de saúde futuros - mas não a 1,25-di-hidroxivitamina D, que não circula livremente.

Portanto, as formas ativas livres podem ser um melhor preditor da saúde atual e futura.

"A maioria dos estudos se concentra na associação entre os níveis totais de 25-hidroxivitamina D e doenças relacionadas à idade e mortalidade. Como a 1,25-di-hidroxivitamina D é a forma ativa da vitamina D em nosso corpo, é possível que ela possa ter sido um preditor mais forte para doenças e mortalidade. Também tem sido debatido se deveríamos medir os níveis de vitamina D total ou livre. Nossos dados agora sugerem que os níveis de 25-hidroxivitamina D total e livre são a melhor medida do risco futuro à saúde dos homens," disse o Dr. Leen Antonio, da Universidade de Lovaina (Bélgica).

Como este foi um estudo observacional, as relações causais e os mecanismos de ação dos dois metabólitos permanecem desconhecidos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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