17/05/2017

Ajustar uso de antidepressivos reduz risco de queda de idosos

Com informações da Umich

Antidepressivos e quedas

O simples ajuste na dose de medicação psiquiátrica de um idoso pode reduzir o risco de quedas.

Isto é importante porque os sintomas depressivos entre as pessoas com mais de 65 anos estão associados com um aumento de 30% no risco de quedas durante os próximos dois anos, explica o Dr. Geoffrey Hoffman, da Universidade de Michigan (EUA).

O pesquisador afirma que essa associação reflete o aumento da utilização de medicamentos psiquiátricos. Ele não estava estudando diretamente o impacto do uso da medicação antidepressiva em relação às quedas, mas quando a medicação psiquiátrica foi incluída, a relação entre quedas e sintomas depressivos se tornou significativa.

"Nós já apontamos que acreditamos que a relação entre depressão e quedas envolve o uso de medicação, com implicações importantes para a segurança do paciente e a redução desses riscos de queda", disse Hoffman.

"Muitas intervenções para prevenir as quedas são caras e demoradas, mas esta é uma questão simples e barata que pode controlar as ameaças de queda: basta apenas incentivar o ajuste adequado da medicação psiquiátrica, caso o paciente faça o uso contínuo dela," acrescentou.

Recomendações aos médicos

Enquanto Hoffman e seus colegas descobriram que os sintomas depressivos entre idosos precederam as quedas, eles não comprovaram o contrário - que uma queda fosse seguida por sintomas de depressão durante os próximos dois anos. Isso é positivo no sentido de que a depressão parece não se estabelecer devido à ocorrência de uma queda - pelo menos durante o período de tempo examinado neste estudo.

De acordo com o pesquisador, os médicos devem prestar atenção especial à escolha e dosagem correta da medicação e conversar com os pacientes mais velhos sobre sintomas que indicam riscos de queda - no estudo foram incluídos tranquilizantes, antidepressivos e pílulas para os nervos.

Hoffman disse também que as sociedades geriátricas devem destacar a depressão e o uso da medicação nos seus protocolos de avaliação dos riscos de uma queda e incentivar os médicos a tratarem dos idosos sempre se lembrando dos problemas e das ameaças de queda.

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