07/12/2016

Cápsula implantável libera medicamento de forma automática

Redação do Diário da Saúde
Cápsula implantável libera medicamento de forma automática
A cápsula minúscula é injetada pela ponta da agulha de uma seringa.
[Imagem: Lyle Hood/UTSA]

Remédio contínuo

Um novo equipamento médico está prometendo revolucionar a aplicação localizada de medicamentos para o tratamento do câncer, bem como uma série de outras doenças.

"É uma cápsula implantável, preenchida com os fluidos medicinais, que usa cerca de 5.000 nanocanais para regular a taxa de liberação do medicamento, de modo que temos a quantidade adequada de drogas no organismo de uma pessoa para que ele seja eficaz, mas não demais a ponto de prejudicar essa pessoa," explicou o Dr. Lyle Hood, da Universidade do Texas (EUA).

A cápsula é minúscula, mas pode administrar os princípios ativos das drogas medicinais durante vários dias, semanas ou meses, dependendo da dosagem exigida para o paciente.

O aparelho poderá ser usado para qualquer tipo de doença que exija uma aplicação localizada do remédio, tornando-o especialmente adaptado para o tratamento do câncer - em alguns casos, o aparelho poderá ser inserido diretamente no tumor.

Injetado ou engolido

O professor Hood salienta que a cápsula também pode ser usada para administrar cortisona em articulações danificadas, evitando injeções dolorosas e frequentes. A equipe pretende ainda pesquisar seu uso nos tratamentos de imunoterapia para pacientes com câncer.

"A ideia por trás da imunoterapia é entregar um coquetel de drogas imunes para chamar a atenção para o câncer no corpo de uma pessoa, de modo que o sistema imunológico seja induzido a se livrar do câncer por conta própria", disse ele.

O protótipo do dispositivo apresentando pelos médicos é permanente e deve injetado sob a pele, mas a equipe já está trabalhando com tecnologia de impressão 3D para fabricar uma nova versão totalmente biodegradável que possa ser engolida em alguns casos.

Tratamento do HIV

A equipe também desenvolveu uma versão maior do dispositivo, que pode tratar doenças como o HIV por até um ano.

"No tratamento do HIV, você pode bombardear o vírus com drogas a tal ponto que a pessoa já não não apresente os sintomas. O perigo é que, se essa pessoa parar de tomar seus medicamentos, a quantidade de medicamento em seu sistema cai abaixo da dose eficaz e o vírus é capaz de se tornar resistente aos tratamentos," disse Hood.

A cápsula poderia proporcionar uma aplicação constante dos fármacos sem qualquer providência por parte do paciente, evitando o problema.

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