14/02/2017

Febre amarela surge em áreas de fronteira

Com informações da OPAS/OMS

Risco de proliferação

A Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgaram uma atualização do alerta epidemiológico sobre a febre amarela.

O adendo foi gerado pela identificação de ocorrência de morte de primatas em mais estados brasileiros localizados em áreas de fronteira. Suspeita-se que as epizootias (morte ou adoecimento de macacos) tenham sido causadas por febre amarela.

A ocorrência desses casos no Pará (fronteira com Guiana e Suriname), Roraima (Venezuela), Mato Grosso do Sul (Bolívia e Paraguai), Paraná (Argentina e Paraguai), Santa Catarina (Argentina) e Rio Grande do Sul (Argentina e Uruguai) representa um risco de circulação do vírus transmissor da doença para outros países das Américas, especialmente em áreas onde eles compartilham o mesmo ecossistema.

O documento aponta ainda que, embora haja a possibilidade de mudança no ciclo de transmissão da febre amarela (de silvestre para urbana), até o momento não há evidências de que o Aedes aegypti esteja implicado no atual surto.

Diagnóstico correto

A Organização Pan-Americana da Saúde recomenda que os países continuem os esforços para detectar, confirmar e tratar adequadamente os casos de febre amarela em tempo oportuno e em um contexto de circulação de diversos arbovírus (como zika, dengue e chikungunya).

Para isso, é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados e treinados para detectar e tratar casos, especialmente em áreas de circulação do vírus. Recentemente, pesquisadores da Fiocruz alertaram que a confusão entre diagnósticos de dengue, zika e chikungunya é preocupante, algo que já vinha ocorrendo com a malária fora da Amazônia, já que médicos fora da região não reconhecem adequadamente a doença.

Até o momento, o Brasil foi o único país das Américas a confirmar casos de febre amarela em 2017. Colômbia e Peru notificaram apenas casos prováveis.

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