15/11/2016

Governo muda critérios para identificar danos causados por Zika em bebês

Com informações da Agência Brasil

Identificação da origem

O Ministério da Saúde vai alterar de 3 meses para 3 anos a idade máxima para a identificação de bebês afetados pelo vírus zika.

A mudança no protocolo vai considerar não só o tamanho da cabeça da criança, como é feito atualmente, mas também outros sintomas para notificar crianças com Síndrome Congênita do zika. O protocolo deverá publicado nos próximos dias.

De acordo com o Ministério, as mudanças vieram depois que as redes municipais de saúde começaram a fazer relatos de crianças que não têm microcefalia, mas que apresentam tardiamente sintomas possivelmente associados à síndrome, como alterações na audição, neurológicas e más-formações nos membros.

"Hoje em dia a gente já vê crianças com 8 meses [sem microcefalia] com alterações e que a gente agora está começando a investigar para ver se tem associação com zika," disse Mariana Leal, da Secretaria de Vigilância em Saúde.

De acordo com a especialista, o serviço de saúde tem uma tabela de alterações que podem ser encontradas em crianças vítimas do vírus zika na gestação. Percebidos os sintomas até os 3 anos de idade, a rede irá investigar se tem origem no vírus, ou em outra infecção, como sífilis ou rubéola.

Acompanhamento

O novo protocolo irá prever tratamento diferenciado antes das primeiras 48 horas de um bebê que durante o pré-natal tenha tido suspeita de ter sido afetado pelo vírus.

"Se conseguirmos confirmar que a criança teve zika antes das 48 horas de vida, [é possível] associar a uma síndrome congênita. Após esse período, pode ser uma síndrome pós-natal, pode ter sido infectada depois do nascimento," disse Mariana.

A rede de saúde também acompanhará o tipo de danos causados em bebês que tiveram a infecção pelo zika depois do nascimento.

Ao todo, 2.071 crianças com Síndrome Congênita do Zika recebem a estimulação precoce preconizada pelo Ministério da Saúde e 1.413 são acompanhadas pela assistência social. Ao todo, 2016 tiveram a confirmação da síndrome até agora.

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