16/10/2017

Massa corporal determina como pessoas reconhecem os alimentos

Redação do Diário da Saúde
Massa corporal determina como pessoas reconhecem os alimentos
Dependendo de sua massa corporal, seu cérebro processa de forma diferente a visão de alimentos diferentes.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Encarnação dos alimentos

"Pode ser considerado uma instância de 'encarnação' em que o nosso cérebro interage com o nosso corpo".

Este comentário, feito pela pesquisadora Raffaella Rumiati, neurocientista do Instituto SISSA (Itália), resume de forma contundente os resultados da pesquisa realizada por seu grupo.

A cientista está se referindo à maneira como lidamos mentalmente com os diferentes alimentos - ela garante que essa maneira que muda de acordo com nosso índice de massa corporal.

Baseando-se em experimentos comportamentais e eletroencefalográficos, a equipe demonstrou que pessoas de peso normal tendem a associar alimentos naturais, como frutas, às suas características sensoriais, como doçura ou suavidade.

Por outro lado, os alimentos processados, como as pizzas, são geralmente associados à sua função ou ao contexto em que são comidos, como festas ou piqueniques.

Em outras palavras, ligamos os alimentos naturais a aspectos próprios de alimentos e sabores, e ligamos os alimentos processados às suas funções sociais.

"Os resultados estão alinhados com a teoria segundo a qual as características sensoriais e as funções dos itens são processadas de maneira diferente pelo cérebro. Eles representam um passo importante em nossa compreensão dos mecanismos na base das avaliações que fazemos dos alimentos," disse em linguagem menos cifrada o pesquisador Giulio Pergola, um dos responsáveis pelos experimentos.

Processamentos diferentes

Mas essa "encarnação dos alimentos" não é tudo.

A pesquisa também constatou que as pessoas com peso corporal menor prestam maior atenção nos alimentos naturais, enquanto as pessoas com excesso de peso prestam mais atenção nos alimentos processados.

Mesmo quando submetidos aos mesmos estímulos, esses dois grupos apresentaram sinais de eletroencefalografia diferentes, mostrando que seus cérebros processam sua relação com os alimentos de forma diferente.

Os resultados foram publicados na revista Biological Psychology.

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