24/02/2017

OMS diz 11,5 milhões de brasileiros têm depressão

Redação do Diário da Saúde

Depressão no Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório com estimativas mundiais para a ocorrência de depressão.

De acordo com os dados - todos estimativas, e não levantamentos de casos - 5,8% da população brasileira estaria sofrendo de depressão - um total de 11,5 milhões de pessoas.

Já os distúrbios relacionados à ansiedade afetariam 9,3% da população brasileira, alcançando quase 19 milhões de pessoas.

O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, cujas estimativas apontam 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.

Depressão no mundo

De acordo com a OMS, o número de pessoas vivendo com depressão está aumentando em todo o mundo - 18,4% entre 2005 e 2015. A estimativa é que cerca de 322 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo.

O órgão alertou que a depressão é a principal causa de incapacidade laboral no planeta, as mulheres são mais afetadas pela depressão do que homens e, nos piores casos, a condição pode levar ao suicídio.

O trabalho estatístico mostra que, além do Brasil e dos Estados Unidos, países como Ucrânia, Austrália e Estônia também registram altos índices de depressão em sua população - 6,3%, 5,9% e 5,9%, respectivamente.

Entre as nações com os menores índices do transtorno estão Ilhas Salomão (2,9%) e Guatemala (3,7%). A prevalência na população mundial, segundo a OMS, é 4,4%.

Depressão

A depressão é diferente das flutuações regulares de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana.

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas provavelmente sem grande prejuízo no funcionamento global. Durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.

Também há uma diferença fundamental entre depressão em pessoas que têm ou não um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem ser crônicos (isto é, acontecem durante um período prolongado de tempo), com recaídas, especialmente se não forem tratados.

Transtorno depressivo recorrente: esse distúrbio envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses episódios, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas. Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de culpa ou baixa autoestima, falta de concentração e até mesmo aqueles que são clinicamente inexplicáveis.

Transtorno afetivo bipolar: esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono.

Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais capacitados e o estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento eficaz é a avaliação imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada.

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