24/11/2022

Pastilha probiótica criada na USP ajuda a tratar doenças bucais

Redação do Diário da Saúde
Pastilha probiótica criada na USP ajuda a tratar doenças bucais
A pastilha complementa o tratamento odontológica as infecções bucais.
[Imagem: 123rf]

Pastilha para saúde bucal

Pesquisadores da USP desenvolveram uma pastilha probiótica que promove uma mudança nos microrganismos presentes na região bucal e aumenta a resistência das mucosas orais.

O produto, que deverá ser licenciado para a indústria, promete ser um adjuvante no tratamento convencional feito pelos dentistas para lidar com as inflamações bucais.

A gengivite e a periodontite são as inflamações bucais mais comuns. Se não tratadas adequadamente, elas podem destruir os tecidos periodontais que protegem os dentes, como a gengiva e os ossos que os sustentam.

"Criamos um produto para oferecer melhoras mais significativas ao tratamento," disse a pesquisadora Flávia Furlaneto, destacando que a pastilha é um auxiliar, não um substituto para o tratamento convencional dessas doenças.

Pastilha probiótica

A pastilha foi desenvolvida a partir de probióticos, microrganismos vivos, geralmente bactérias, que, quando consumidos em uma quantidade adequada, trazem benefícios à saúde.

Flávia conta que a pastilha é baseada em uma cepa probiótica específica, a Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019

"A pastilha é como um drops, uma pastilha mesmo, o paciente coloca na região sublingual e ela vai lentamente sendo dissolvida e deglutida," explicou ela. Contudo, além de uma ação local na cavidade bucal, a pastilha apresenta também uma ação sistêmica ao chegar ao sistema gastrointestinal.

Nos testes com pacientes, a pastilha foi capaz de reduzir a necessidade de cirurgias periodontais para completar o tratamento. "Essa forma de encarar o tratamento das doenças periodontais se alinha aos conceitos atuais referentes à etiopatogenia da doença. Para um bom controle da doença há necessidade de medidas locais e sistêmicas, algo que poderia ser chamado de higiene bucal e intestinal. E probióticos podem atuar dessa forma," destacou o professor Michel Messora, coordenador da equipe.

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