26/09/2022

Tecnologia assistiva: Usuários se importam com o design

Redação do Diário da Saúde
Tecnologia assistiva: Usuários se importam com o design
Tecnologia assistiva não deve ser só tecnologia - tem que ser bonita e confortável.
[Imagem: Zyang/CC-BY-SA-3.0]

Mais estilo e menos aparência de "médico"

Os projetistas, médicos e engenheiros precisam ir além do desempenho quando projetam e fabricam equipamentos assistivos, como os comumente usados em fisioterapia e exercícios com recomendação médica para se fazer em casa.

Pesquisadores descobriram que as pessoas levam em conta a aparência, a textura e, ocasionalmente, até o cheiro desses dispositivos assistivos.

A expectativa da equipe era que, em se tratando da saúde, os usuários levariam em conta sobretudo o desempenho técnico dos equipamentos.

"A estética dos dispositivos assistivos muitas vezes não é levada em consideração [pelas empresas fabricantes], apesar do fato de que pesquisas mostram que uma razão para o abandono deles é que os usuários se sentem envergonhados ou estigmatizados por seus dispositivos," a professora Kate Nartker, da Universidade do Estado da Carolina do Norte (EUA). "Há também uma suposição de que os usuários querem esconder seus dispositivos, mas cada vez mais alguns querem se expressar e precisam de mais oportunidades de criatividade e autoexpressão".

Para chegar a essas conclusões, a equipe analisou avaliações feitas pelos compradores de produtos assistivos por indicação médica - eles analisaram avaliações de uma joelheira e de luvas de compressão.

Indo além da parte técnica, houve um grande número de comentários sobre as qualidades estéticas dos dispositivos e, mais comumente, comentários sobre suas qualidades visuais. Por exemplo, alguns pacientes elogiaram os vendedores por oferecerem uma variedade de opções de cores, enquanto outros solicitaram cores mais neutras, bem como cores não disponíveis atualmente, incluindo bege, marrom escuro ou cinza.

Os compradores também falaram sobre o "estilo" dos dispositivos, elogiando quando eles pareciam mais elegantes e "menos médicos".

"Este estudo nos deu uma visão de como as pessoas falam sobre estética; a linguagem e os termos são diferentes do que é usado no campo do design," disse Nartker. "Ele também nos mostrou que a estética visual é a característica mais comum com a qual as pessoas estão preocupadas, mas os usuários também estão interessados em textura e em cheiro. No geral, isso dá suporte ao argumento de que a estética precisa ser uma peça mais importante no desenvolvimento dos dispositivos assistivos," concluiu a pesquisadora.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Consumer perceptions and concerns regarding aesthetic attributes of textile-based assistive devices: A qualitative analysis of online retail product reviews
Autores: Kate Nartker, Kate Annett-Hitchcock, S.M. Azizul Hoque
Publicação: Research Journal of Textile and Apparel
DOI: 10.1108/RJTA-01-2022-0005
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