10/04/2018

Vírus que provocou surto de gripe nos EUA circula no Brasil

Com informações da Agência Brasil
Vírus que provocou surto de gripe nos EUA circula no Brasil
A eficácia da vacina contra a gripe pode ser ainda pior se ela for tomada de mau humor.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

H3N2

Além do vírus H1N1, também conhecida como gripe influenza tipo A ou gripe suína, alguns estados brasileiros já registraram os primeiros casos de infecção pelo H3N2, um tipo do vírus influenza que infectou mais de 47 mil pessoas só nos Estados Unidos, e provocou diversas mortes, principalmente de crianças e idosos.

Segundo o último informe epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, já são 13 os estados brasileiros que registraram 57 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), causado pelo influenza A (H3N2), resultando em 10 mortes este ano.

Infelizmente, é justamente o H3N2 que tem posto em xeque a eficácia da vacina contra a gripe. Pesquisadores haviam previsto há várias estações que algumas variantes do H3N2 se tornariam "resistentes a vacinas", e essa previsão foi confirmada durante as temporadas de gripe de 2017 na Austrália e na atual estação nos EUA e na Europa.

Devido a essa baixa eficácia da vacina nas estações em que o H3N2 se sobressai, a ciência tem-se voltado para uma hipótese de que a ineficácia da vacina contra a gripe pode ser uma questão imunológica, o que exigiria a criação de novos tipos de vacinas.

H3N2 no Brasil

A circulação do H3N2 no Brasil não é novidade. Segundo a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a biomédica Regiane de Paula, o vírus H3N2 circula no país há bastante tempo. "O que acontece é uma sazonalidade, por isso em todo mês de setembro um grupo se reúne na Organização Mundial de Saúde (OMS) para entender qual é o vírus que está circulando, principalmente no hemisfério Norte, e isso replica um pouco no Brasil."

Para a biomédica, não é possível afirmar que a incidência no H3N2 no Brasil será igual ao que ocorreu nos Estados Unidos. "Não podemos falar que vamos ter [o H3N2] exatamente da mesma maneira [no Brasil], lembrando que há um inverno muito mais intenso na América do Norte. Estamos em um país tropical, ainda não esfriou, mas estamos em mundo globalizado," ressalta.

As medidas de prevenção para o H3N2 são as mesmas que os outros tipos de influenza. "É seguir a etiqueta respiratória: colocar sempre o braço para tossir e/ou espirrar nas pessoas (porque ao tossir/espirrar nas mãos a pessoa pode tocar em superfícies e passar o vírus), fazer a lavagem das mãos, evitar locais fechados, principalmente população de risco e, aos primeiros sinais de sintomas, procurar um médico," destacou Regiane.

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