30/03/2022

Colesterol bom pode ajudar a tratar a quase sempre fatal sepse

Redação do Diário da Saúde
Colesterol bom pode ajudar a tratar a quase sempre fatal sepse
Outra descoberta recente mostrou que a infecção generalizada pode ser combatida com medicamento contra alcoolismo.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

HDL e inflamação

Reabastecer o corpo com lipoproteína de alta densidade (HDL), mais conhecido como "colesterol bom", pode ser um tratamento eficaz para a quase sempre fatal sepse, de acordo com Ling Guo e uma equipe da Universidade de Kentucky (EUA).

A sepse é uma condição com risco de vida que ocorre quando uma infecção gera uma reação em cadeia em todo o corpo. Sem tratamento rápido, ela pode levar rapidamente a danos nos tecidos, falência múltipla dos órgãos e morte - um em cada três pacientes que morrem em um hospital têm sepse, e a sepse é a condição que mais mata em UTIs no Brasil.

Guo e seus colegas descobriram agora que uma forma sintética do HDL fornece proteção contra essa cascata de infecções que caracteriza a sepse.

O colesterol HDL é conhecido como colesterol "bom" porque ajuda a remover outras formas de colesterol da corrente sanguínea. Níveis mais altos de HDL estão associados a um menor risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral e, de acordo com os dados usados no estudo, já foram também observados melhores resultados para pacientes sépticos que têm níveis mais elevados de HDL, embora a capacidade anti-inflamatória do HDL seja importante.

HDL contra sepse

O estudo mostrou que pacientes sépticos tipicamente apresentam níveis de colesterol HDL menores em comparação com pacientes não sépticos. Além disso, níveis mais baixos de HDL se correlacionaram com pior prognóstico para os pacientes sépticos.

Estes resultados sugerem que uma diminuição na abundância de HDL é um fator de risco para a sepse, e que o aumento da abundância de HDL pode oferecer uma estratégia terapêutica viável contra a sepse.

Para testar essa hipótese, a equipe tratou camundongos sépticos com um HDL sintético chamado ETC-642. Os animais que o receberam tiveram maiores taxas de sobrevivência e melhor proteção contra a sepse, incluindo melhora da função renal e redução da inflamação.

"Juntos, esses dados sugerem que o tratamento com HDL pode ser um tratamento eficaz para pacientes com sepse," disse o Dr. Xiang-An Li, coordenador do estudo. "O ETC-642 também apresenta uma oportunidade de tradução rápida para ensaios clínicos."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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