27/02/2020

Estratégias de meditação podem ajudar os perfeccionistas

Redação do Diário da Saúde
Estratégias de meditação podem ajudar os perfeccionistas
Dados os resultados excepcionais da técnica, já existem movimentos para que a meditação da atenção plena seja ensinada nas escolas.[Imagem: Cortesia Janaina de Lima/Wikimedia]

Meditação contra perfeccionismo

A meditação da atenção plena, com seu foco no não-julgamento das emoções e pensamentos, pode ajudar os perfeccionistas a se recuperarem do estresse que incorrem ao tentarem não falhar.

Pesquisadores usaram a variabilidade da frequência cardíaca para medir a recuperação do estresse durante as sessões de meditação da atenção plena em 120 estudantes universitários que obtiveram alta pontuação em uma ferramenta de triagem para perfeccionismo - a necessidade de ser ou parecer perfeito.

As sessões de meditação de atenção plena que incorporavam um elemento de não-julgamento - ou percepção e aceitação - levaram a uma melhor recuperação em comparação com as sessões gerais de meditação de atenção plena, focadas apenas na observação.

Não-julgamento é a chave

Estes novos resultados resolvem um dilema ocorrido em pesquisas anteriores que usaram a variabilidade cardíaca de alta frequência (HF-HRV) para medir a recuperação do estresse durante uma meditação da atenção plena em estudantes universitários perfeccionistas. Os resultados indicavam que apenas os não-perfeccionistas apresentavam recuperação da HF-HRV do estresse, sugerindo que a atenção plena não seria eficaz para os perfeccionistas.

No entanto, Hannah Koerten e colegas da Universidade Estadual de Bowling Green (EUA) deram-se conta de que a meditação da atenção plena usada naquele experimento não havia incorporado um elemento de não-julgamento, que pode ser um componente essencial para os perfeccionistas.

A hipótese se mostrou correta, com a atenção plena com foco no não-julgamento das emoções mostrando-se especialmente eficaz para ajudar os perfeccionistas a melhorar a HF-HRV após a percepção de uma falha.

"Este estudo amplia as descobertas dos pesquisadores da atenção plena e sugere a importância potencial do não-julgamento das emoções e experiências durante a prática da atenção plena para os perfeccionistas," resumiu Hannah.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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