04/11/2021

Melatonina é liberada pela Anvisa como suplemento alimentar

Com informações do Jornal da USP
Melatonina é liberada pela Anvisa como suplemento alimentar
A melatonina tem efeito cardioprotetor e também parece impedir a infecção pelo novo coronavírus.
[Imagem: Bryan Brandenburg/Wikimedia Commons]

Melatonina como suplemento

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso da melatonina na formulação de suplementos alimentares.

Produzida na glândula pineal, próxima ao cérebro, a melatonina é um hormônio produzido à noite, na ausência de luz, sinalizando ao organismo que a noite e o momento de repouso chegaram.

A perda de sua produção pode ser causada pelo envelhecimento, por tumores na região, medicações para regular a pressão e exposição de luz.

Como ela é essencial na regulação do ciclo do sono, a deficiência de melatonina prejudica todo o metabolismo humano.

Indicações da melatonina

Com a decisão da Anvisa, o hormônio poderá ser vendido sem receita médica nas farmácias.

A aprovação especifica que a melatonina poderá ser destinada exclusivamente a pessoas com idade igual ou maior que 19 anos, para o consumo diário máximo de 0,21 mg.

Gestantes, lactantes, crianças e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante não deverão consumir a suplementação.

"A preocupação é que a pessoa faça o uso errado da melatonina", aponta a pesquisadora Rosa Hasan, do Instituto de Psiquiatria da USP, lembrando de erros como o uso da melatonina durante o dia ou muito tardiamente, que podem "confundir o cérebro".

"A melatonina não apresenta risco grande à saúde, ela não inibe a produção endógena por estar sendo ingerida externamente," completou Hasan, citando como exemplo os Estados Unidos e países da Europa, que a utilizam como suplementação alimentar.

Com doses menores e horários bem regrados, o hormônio serve também para readequação do sono, apesar de não haver indícios de efetividade para casos de insônia crônica.

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