Na primeira parte desta série, foi discutido o direito que todos os indivíduos possuem de decidir de forma livre e responsável se querem ou não ter filhos.
Neste segundo artigo, são apresentados os primeiros quatro métodos anticoncepcionais disponibilizados gratuitamente pelo SUS.
Parte I - O direito universal e social à contracepção
Parte III - Métodos contraceptivos implantáveis
Parte IV - Preservativos masculinos e femininos
Parte V - Métodos contraceptivos cirúrgicos
Pílula anticoncepcional combinada
São pílulas que contêm dois hormônios similares aos produzidos pelos ovários da mulher, o estrogênio e a progesterona. Podem ser usadas por quase todas as mulheres com segurança e eficácia.
A pílula deve ser tomada, sem interrupções, durante 21 dias, de preferência no mesmo horário, todos os dias.
As pílulas combinadas podem ser usadas por mulheres de qualquer idade, a partir da primeira menstruação, desde que não apresentem nenhuma contraindicação para o seu uso. Mas não deve ser utilizada durante a amamentação, pois interfere na qualidade e na quantidade do leite materno.
Minipílula anticoncepcional
É uma pílula que contém apenas um dos hormônios, a progesterona. Mais indicada durante a amamentação, iniciando o seu uso na 6ª semana após o parto.
Anticoncepcionais injetáveis
Os anticoncepcionais injetáveis também são feitos de hormônios similares aos das mulheres.
Existem dois tipos de injetáveis: injetável mensal e injetável trimestral. Tal qual as pílulas anticoncepcionais, as injeções mensais são compostas de estrogênio e progesterona. Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher, que é a capacidade de engravidar, logo retorna, já com a trimestral, pode haver um atraso no retorno da fertilidade da mulher.
A injeção trimestral pode ser usada durante a amamentação e, nesse caso, seu uso deve ser iniciado seis semanas após o parto. Com o uso da injeção trimestral, é muito frequente a mulher ficar sem menstruar e, em média, o retorno da fertilidade pode demorar quatro meses após o término do efeito da injeção.
Pílula anticoncepcional de emergência
É um método utilizado para evitar uma gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida.
A pílula anticoncepcional de emergência também é conhecida como pílula do dia seguinte. Pode ser usada em situações como: relações sexuais desprotegidas, rompimento do preservativo, em caso de deslocamento do diafragma, deslocamento e expulsão do DIU, uso incorreto da pílula anticoncepcional ou em situações de violência sexual.
A pílula anticoncepcional de emergência ajuda a diminuir o número de abortos provocados, na medida em que evita a gravidez não desejada impedindo ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozoides de fecundarem o óvulo. Deve ser utilizada até cinco dias após a relação sexual desprotegida.
A pílula anticoncepcional de emergência não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo um outro método anticoncepcional. Deve ser usada apenas em casos de emergência, porque a dose de hormônios é maior em relação às outras. A pílula de emergência pode ser utilizada por qualquer mulher em idade fértil, independente da idade. Não há restrição do uso por adolescentes.
No terceiro artigo desta série, que será publicado amanhã, serão apresentados os métodos contraceptivos implantáveis.
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