Optocêutica
Pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia usaram a luz, juntamente com materiais fotossensíveis e biocompatíveis, para facilitar a formação de novos vasos sanguíneos.
Essa nova técnica, denominada optocêutica, abre novos horizontes para a medicina regenerativa.
A medicina regenerativa tem o objetivo de reparar, regenerar e substituir células, tecidos e até órgãos danificados por defeitos congênitos, doenças, lesões ou envelhecimento, a fim de restabelecer as funções fisiológicas.
As técnicas com luz representam a mais recente adição a essa caixa de ferramentas em desenvolvimento. As técnicas atualmente disponíveis, compreendendo a terapia genética e a engenharia biomédica, fazem uso de artefatos químicos, medicamentos e estímulos físicos, mas, infelizmente, muitas vezes carecem de seletividade e reversibilidade.
"Estamos falando de uma técnica completamente nova que pode nos levar a importantes resultados na engenharia de tecidos. O uso da luz como estímulo é muito mais versátil e muito menos invasivo quando comparado com o uso de eletrodos; ela pode ser direcionada de forma mais específica sobre diferentes populações de células objetos do tratamento. O objetivo é criar uma nova área de investigação, que chamamos de 'optocêutica', capaz de caminhar lado a lado com a tecnologia farmacêutica e eletrocêutica com potencial enorme de aplicação," disse a professora Maria Rosa Antognazza.
Cultivando tecidos com luz
A equipe mostrou que é possível aplicar o novo método às células progenitoras do tecido endotelial.
Os pesquisadores conseguiram promover efetivamente o processo de angiogênese in vitro, usando materiais fotoativos como substratos celulares e estimulando-os com pulsos curtos de luz visível.
Os resultados abrem caminho para uma série de desenvolvimentos interessantes no tratamento de doenças cardiovasculares, dizem os pesquisadores.
O próximo passo será verificar o potencial da técnica usando outros modelos de células de interesse para a regeneração de tecidos.
A possibilidade de modular o destino celular por estimulação óptica permite que os pesquisadores sejam altamente precisos e minimamente invasivos, o que torna a técnica potencialmente adequada para várias aplicações no campo terapêutico.
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