Salada para astronautas
Uma equipe internacional de médicos e nutricionistas criou uma salada que contém ingredientes que podem ser cultivados em espaçonaves e fornecer nutrição adequada para os astronautas que irão para o espaço profundo, nas futuras missões para a Lua e Marte.
Partindo das necessidades dietéticas diárias para astronautas, levantadas em um estudo anterior encomendado pela NASA, a equipe criou um modelo computacional para prever a melhor combinação de plantas para uma "salada espacial".
Foram levadas em conta mais de cem plantas diferentes, sendo selecionadas aquelas que poderiam fornecer a um astronauta uma dieta baseada em vegetais nutricionalmente completa e caloricamente balanceada.
Outra exigência atendida foi a de não incluir mais massa de comida do que as pessoas normalmente comem na Terra, o equivalente a um máximo de 2,75 kg de comida por dia por astronauta.
Mas a escolha final teve que ser restrita a menos de dez variedades diferentes por uma série de exigências de simplicidade impostas pelo ambiente restrito das naves.
Por exemplo, as plantas devem ser cultivadas no espaço - e não levadas da Terra - usando sistemas de cultivo como a hidroponia, e ocupar o mínimo possível de área cultivada. Elas também precisam usar o mínimo de fertilizante possível para minimizar a carga que os foguetes precisarão levar.
Outros fatores considerados incluíram a cor, cheiro, textura, frescor e sabor, além do efeito da comida no humor dos astronautas.
Ingredientes da salada espacial
A salada espacial resultante contém quantidades cuidadosamente calculadas de soja, papoula, cevada, couve, amendoim, batata-doce e sementes de girassol.
"Nós simulamos uma mistura de seis a oito culturas que fornecem todos os nutrientes de que um astronauta precisa, o que é diferente do que as pessoas precisam na Terra. Embora existam dezenas de culturas que podem atender às necessidades de nutrientes de um astronauta, precisávamos encontrar aquelas que poderiam conter e disponibilizar as calorias necessárias em porções menores que poderiam ser cultivadas em um pequeno espaço," disse o professor Volker Hessel, da Universidade de Adelaide (Austrália).
A próxima etapa da pesquisa será usar a modelagem de gêmeos digitais para projetar as câmaras de crescimento e os sistemas que irão cultivar as plantações selecionadas.
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