Risco psicológico
Procurando entender os fatores de risco psicológico que podem levar jovens e adolescentes ao consumo de álcool, o estudante do curso de psicologia da UFSC Kleber dos Santos aplicou um questionário de 38 perguntas com cerca de 500 alunos de seis escolas dos bairros Barreiros e Areias, em São José.
Os resultados preliminares da pesquisa "A relação entre ansiedade, depressão e consumo de em adolescentes e jovens na Grande Florianópolis" foram apresentados na 6ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC. O objetivo agora é publicar um artigo até o final do ano.
Fenômenos psicológicos
Fenômenos psicológicos como a ansiedade e a depressão são abstratos e dinâmicos. Nessas duas características está justamente a dificuldade em identificá-los. Santos explica que para apreender esse tipo de fenômeno são desenvolvidos instrumentos psicológicos diferentes para cada situação.
Em sua pesquisa, o estudante preparou um questionário específico para o caso estudado - estudantes com idades entre 12 e 24 anos cursando as séries finais dos ensinos médio e fundamental.
Psicometria
Para isso, Santos utilizou os princípios da psicometria - área da Psicologia especializada na elaboração de instrumentos que visam mensurar fenômenos psicológicos. "O instrumento que eu criei está com uma precisão entre razoável e médio. Ele ainda precisa ser aprimorado", avalia.
No questionário, são abordadas questões relativas às realidades sócio-demográficas e socioeconômicas dos entrevistados, além de questões específicas para mensurar a ansiedade e a depressão como fatores de risco ao consumo de álcool em adolescentes e jovens.
Diagnóstico do uso abusivo do álcool
Santos também utiliza o AUDIT (Alcohol Use Disorder Identification Test), um instrumento desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o diagnóstico de problemas ligados ao uso abusivo de álcool. Através dele, pode-se classificar o consumo em quatro níveis: baixo risco, usuário de risco, uso nocivo e dependência.
Em uma análise preliminar, Santos afirma ter encontrado uma relação mais freqüente entre o consumo de álcool e a depressão. As quantidades consumidas entre os estudantes pesquisados, no entanto, foram pouco significativas.
Psicoativos
O estudante conta que "os riscos psicológicos encontrados também foram baixos", mas adverte que "estudar o uso de psicoativos é complicado, porque as pessoas analisadas tendem a camuflar as respostas. Essa é uma das maiores dificuldades de abordar esse tema em profundidade".
Entre as seis escolas estudadas, três eram particulares e três da rede pública. A análise comparativa entre os dados encontrados nessas duas realidades é uma das próximas etapas do trabalho. "Falta ainda uma análise mais apurada dos resultados", diz Kleber. Um panorama mais completo deve ser traçado até o final do ano, quando o estudante deve finalizar um artigo.
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