Curativo elétrico para diabéticos
Um curativo flexível e esticável, capaz de emitir diminutos pulsos elétricos, resultou na cura de úlceras diabéticas 30% mais rápido do que pelo tratamento padrão usado hoje.
A bandagem também monitora ativamente o processo de cura. E, quando termina seu trabalho, dissolve-se inofensivamente no corpo, incluindo os eletrodos que disparam os pulsos elétricos.
"Embora seja um dispositivo eletrônico, os componentes ativos que fazem interface com o leito da ferida são totalmente reabsorvíveis," disse o professor John Rogers, da Universidade Northwestern (EUA). "Dessa forma, os materiais desaparecem naturalmente após a conclusão do processo de cicatrização, evitando assim qualquer dano ao tecido que poderia ser causado pela extração física."
O novo curativo promete ser uma ferramenta poderosa para pacientes com diabetes, cujas úlceras podem levar a várias complicações, incluindo membros amputados ou até a morte.
Quando uma pessoa desenvolve uma ferida, o objetivo é sempre fechar essa ferida o mais rápido possível, mas isso nem sempre é fácil nos pacientes com diabetes. Como os altos níveis de glicose também engrossam as paredes dos pequenos vasos capilares, a circulação sanguínea diminui, dificultando a cicatrização dessas feridas. É uma situação perfeita para uma pequena lesão evoluir para uma ferida perigosa.
Estimulação elétrica
A estimulação elétrica vem-se mostrando uma terapia alternativa de alta eficácia contra ferimentos dos mais diversos tipos, mas a equipe queria mais. Por isso, eles usaram as mais recentes tecnologias de materiais que se degradam sob a ação dos fluidos humanos, de modo que o curativo possa ser deixado para fazer seu serviço sem nenhuma preocupação por parte do paciente ou do médico.
A equipe também incluiu sensores que podem avaliar o quão bem a ferida está cicatrizando. Uma boa cicatrização mostra uma diminuição gradual da resistência da corrente elétrica na ferida. Portanto, se a corrente permanecer alta, os médicos saberão que algo está errado.
O dispositivo pode ser operado remotamente sem fios, permitindo decidir quando aplicar a estimulação elétrica ou apenas monitorar o progresso da cicatrização da ferida.
Por enquanto, a tecnologia só foi testada em animais, apresentando uma redução no tempo de cura de 30%. Agora a equipe irá repetir os testes em animais maiores e, se tudo der certo, partirá para os testes em pacientes humanos.
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