Não é a escola que é boa, os alunos bons é que se matriculam lá

Líder em educação, Cingapura volta-se às emoções dos estudantes.
[Imagem: Zephylwer0/Pixabay]

A escola é boa ou os alunos são bons?

Escolas e universidade cujos alunos tiram notas mais altas são altamente eficazes ou elas apenas recebem principalmente alunos que já foram bem preparados previamente?

Um estudo liderado por pesquisadores do MIT (EUA) concluiu que as classificações de qualidade das escolas, em rankings amplamente divulgados nos EUA e na Europa, refletem mais a preparação prévia e o contexto familiar dos seus alunos do que a contribuição da própria faculdade para os ganhos de aprendizagem.

De fato, os resultados mostraram que muitas faculdades que recebem classificações relativamente baixas têm um desempenho melhor do que essas classificações implicariam. As classificações convencionais, deixa claro a pesquisa, estão altamente correlacionadas com a presença de alunos de nível socioeconômico mais elevado, cujas famílias têm mais condições de apoiá-los nos estudos.

Segundo a equipe, estas conclusões podem servir como base para melhorar significativamente a forma como a qualidade das escolas é medida: Em vez de medidas agregadas brutas, como pontuações de testes, é mais válido usar mudanças nas pontuações dos testes e um ajuste estatístico para a composição de nível socioeconômico para calcular medidas mais precisas dos efeitos causais que a frequência de uma determinada escola tem nos ganhos de aprendizagem dos alunos.

"Os resultados médios de uma escola refletem, até certo ponto, a combinação demográfica da população a que serve," afirmou o professor Josh Angrist, vencedor do Prêmio Nobel de Economia que há muitos anos analisa os resultados da educação.