Marcapassos em crianças
O primeiro ensaio clínico de longa duração a testar marcapassos sem fios para crianças chegou a conclusões animadoras.
O marcapasso sem fios, do tamanho de uma pilha AAA, foi implantado em um grupo de crianças com ritmos cardíacos irregulares, que foram acompanhadas durante um período de 5 anos.
A miniaturização é importante para que o aparelho possa caber no corpo pequeno dos pacientes infantis, e a eliminação dos fios pode evitar problemas advindos do crescimento acelerado das crianças - esses problemas tipicamente exigem novas cirurgias.
O ensaio revelou que 62 das 63 crianças tiveram o marcapasso sem eletrodo implantado com sucesso, e os parâmetros elétricos do coração ficaram estáveis nas primeiras 24 horas.
No geral, 16% (10) das crianças apresentaram complicações após receberem o marcapasso sem eletrodo. A maioria dessas complicações foi devida a sangramento menor, que foi tratado pronta e facilmente. Houve 3 complicações maiores, incluindo um coágulo de sangue na veia femoral, uma perfuração cardíaca e um paciente apresentou função de marca-passo abaixo do ideal, exigindo a remoção do aparelho após um mês.
Durante um período médio de acompanhamento inicial, de cerca de 10 meses, o marcapasso foi eficaz em seu desempenho geral, incluindo longevidade da bateria, baixo limiar de estimulação (sinais de bom funcionamento do marcapasso) e capacidade de detectar os batimentos elétricos nativos do coração. As baterias dos marcapassos normalmente duram de 5 a 10 anos, dependendo da frequência com que o dispositivo é necessário para manter o ritmo regular.
Trabalho a ser feito
"A tecnologia de marca-passo sem fios é a onda do futuro," disse o Dr Maully Shah, da Universidade da Pensilvânia (EUA). "Esta é uma excelente tecnologia que pode ser oferecida a uma população pediátrica mais ampla. No entanto, as técnicas e ferramentas para colocar o dispositivo devem ser projetadas para pacientes menores, especificamente crianças, e precisa haver um mecanismo para remover e substituir esse marca-passo sem cirurgia quando a bateria acabar, pois os pacientes pediátricos provavelmente precisarão de estimulação pelo resto de suas vidas, o que ocorre várias décadas após o implante."
A equipe planeja acompanhar esses pacientes por mais 5 anos.
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