Mercado do corpo
Legisladores em todo o mundo estão debatendo como os "mercados corporais" (por exemplo, prostituição, barriga de aluguel comercial ou comércio de rins, plasma sanguíneo, esperma, óvulo e cabelo) devem ser regulamentados.
Por exemplo, os legisladores do estado de Nova York (EUA) estão para decidir se descriminalizarão a prostituição, enquanto os legisladores dos Países Baixos estão considerando aumentar as restrições à prostituição.
Nas mídias sociais, como se poderia esperar, as opiniões vão aos extremos, na contramão de qualquer esforço em busca de uma solução ponderada para a questão.
Tendo isso em vista, pesquisadores das universidades Virgínia Tech e Cornell (EUA) partiram para tentar entender as razões que as pessoas alegam para se opor ou apoiar esses mercados, e como essas argumentações diferem entre pessoas que se intitulam progressistas (ou liberais) e conservadores.
Motivações muito diferentes
A equipe descobriu que tanto progressistas quanto conservadores consideram os mercados corporais moralmente errados; no entanto, eles o fazem por motivos diferentes.
"Mostramos que os progressistas consideram os mercados corporais errados porque podem ser exploradores. Ou seja, os progressistas acreditam que a comercialização nesses mercados pode causar danos a pessoas vulneráveis e aumentar a desigualdade arraigada na sociedade. Eles acham que os mercados corporais podem se tornar outro meio para os compradores ricos explorarem os vendedores pobres, causando a estes danos físicos, psicológicos e econômicos sistemáticos," explicou o pesquisador Shreyans Goenka.
"Os conservadores consideram os mercados corporais errados porque violam a santidade do corpo humano. Ou seja, os conservadores acreditam que a comercialização nesses mercados atribui um valor monetário ao corpo humano e o reduz a qualquer outra mercadoria. Eles acreditam que a inerente santidade do corpo humano divinamente criado é diminuída ou corrompida quando ele é comprado ou vendido," acrescentou o professor Stijn Van Osselaer.
Quem assina cada petição
Segundo a equipe, essas diferentes objeções morais afetam os efeitos das campanhas de persuasão destinadas a influenciar os eleitores.
Especificamente, os progressistas mostraram-se mais propensos a assinar uma petição contra a prostituição quando ela destacava as questões da exploração econômica e social.
Já os conservadores se mostraram mais propensos a assinar uma petição contra a prostituição quando ela destacava a violação e as preocupações com a santidade.
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