Quem quer ajudar?
O Instituto Butantan, em São Paulo, vai abrir um canal de doações com o objetivo de arrecadar até R$ 130 milhões.
O objetivo é ampliar conseguir fundos para aumentar a capacidade do Instituto para fabricar vacinas - especialmente a do CoronaVac, a vacina chinesa contra a covid-19 que está em fase de testes no Brasil.
Caso a vacina seja aprovada nos testes clínicos ela será fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, conforme acordo feito com a farmacêutica chinesa que desenvolveu o fármaco.
"Hoje iniciamos um programa de solicitação de doações ao Instituto Butantan para que ele possa arrecadar R$ 130 milhões e rapidamente investir em equipamentos e tecnologia para aumentar a capacidade de produção, que hoje já é de 120 milhões de unidades da Coronavac. Por que desejamos aumentar a produção? Para o atendimento da totalidade de brasileiros, já que a vacina será aplicada duas vezes," disse o governador João Doria.
Como existem várias pesquisas em andamento, se surgirem outras vacinas contra o novo coronavírus, como a de Oxford, que também está sendo testada no Brasil, o Butantan vai exportar a sua vacina para países vizinhos.
Coronavac
A primeira dose da CoronaVac foi aplicada na manhã de ontem (21) em uma médica do Hospital das Clínicas, na capital paulista.
Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo estadual.
Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan a partir do início do ano que vem, com mais de 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar cerca de 60 milhões de brasileiros.
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