Enxergando com sons
Os cientistas já sabiam que as pessoas cegas podem "ver" com os ouvidos.
O Dr. Amir Amedi e seus colegas decidiram usar esse conhecimento para construir um equipamento que permite que elas "vejam" os objetos com uma precisão suficiente para descrevê-los.
Várias pessoas cegas ao redor do mundo já aprenderam uma técnica similar ao sonar, que permite que elas localizem os objetos usando pequenos estalos emitidos com a língua, fazendo uma espécie de ecolocalização.
O Dr. Amedi pretende facilitar esse trabalho usando equipamentos conhecidos como dispositivos de substituição sensorial, ou DSS.
Trocando os sentidos
Os dispositivos de substituição sensorial são equipamentos não-invasivos que dão informações visuais aos cegos usando seus outros sentidos.
Neste caso, o DSS é visual-auditivo, ou seja, ele converte as informações visuais, captadas por duas minicâmeras, em informações auditivas, disponibilizadas ao usuário por meio de fones de ouvido.
No meio do caminho, entre as câmeras e o fone de ouvido, um pequeno computador - que pode ser até mesmo um smartphone - converte as imagens em "panoramas sonoros".
Com um treinamento adequado, a pessoa consegue decifrar os sons e interpretar as informações visuais que eles carregam.
Usuários já avançados, em testes no laboratório do Dr. Amedi, já conseguem identificar objetos complexos usados no dia-a-dia, localizar pessoas e até dizer se elas estão de pé ou sentadas.
Retinas artificiais
Usando exames de ressonância magnética funcional, os pesquisadores descobriram que os sons que representam a visão ativam o córtex visual do cérebro de pessoas que nunca enxergaram, ou seja, que nasceram cegas.
As descobertas sugerem que o cérebro dessas pessoas pode ser "acordado" para processar tarefas visuais, usando futuros equipamentos médicos e próteses eletrônicas, como retinas artificiais.
Nova tecnologia permite que cegos "vejam" emoções
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