
Melhor que estatinas
Pesquisadores das universidades de Barcelona (Espanha) e do Oregon (EUA) criaram uma ferramenta terapêutica inovadora que silencia um gene-chave responsável pelo chamado colesterol ruim, o LDL, abrindo caminho para um controle eficaz e sem os efeitos colaterais das estatinas, que só baixam colesterol em metade dos pacientes, além de poderem reduzir a gordura boa e estão associadas a riscos de osteoporose.
Ester López-Aguilar e seus colegas desenvolveram uma estratégia genética usando moléculas de DNA, chamadas PPRHs (Polypurine Hairpins), para bloquear a ação da proteína PCSK9, um regulador crucial do colesterol no sangue.
A técnica reduziu drasticamente os níveis de colesterol em testes com animais, oferecendo uma alternativa promissora aos tratamentos convencionais.
Proteína associada ao colesterol
A hipercolesterolemia - excesso de colesterol no sangue - é uma ameaça global à saúde cardiovascular, levando ao acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose). A proteína PCSK9 é uma peça central nesse problema: ela se liga aos receptores das células que capturam o colesterol ruim (LDL), destruindo-as e, assim, permitindo que o LDL se acumule perigosamente na corrente sanguínea.
Os pesquisadores projetaram as moléculas PPRH (HpE9 e HpE12) para que elas funcionem como interruptores genéticos: Elas se ligam com precisão ao gene da PCSK9, impedindo sua transcrição e, consequentemente, a produção da proteína. Sem a PCSK9, as células do fígado conseguem manter mais receptores de LDL em sua superfície, capturando e removendo o colesterol ruim do sangue de forma muito mais eficiente.
Os resultados foram robustos: Em células humanas, o novo tratamento reduziu os níveis de PCSK9 em 87%. Em camundongos transgênicos, uma única injeção de HpE12 diminuiu pela metade os níveis de colesterol no plasma em apenas três dias.
Vantagens do novo tratamento
Esta nova abordagem com PPRHs coloca-se como uma potencial terapia para o controle do colesterol, com vantagens significativas:
Agora a equipe se prepara para testar a técnica em mamíferos maiores e, se tiverem sucesso, obter a autorização para testes em humanos. Não há previsões de quando esta terapia experimental poderá se tornar um tratamento disponível para os pacientes.
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