Testes rápidos demais
Testar a memória das pessoas durante quatro semanas pode identificar quem tem maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer antes que ela se desenvolva.
E isso é bem diferente do que tem sido feito até agora.
Perceba que as novas conclusões mostram que testar a capacidade das pessoas de reter memórias por períodos mais longos de tempo tem mais poder de previsão do que os testes de memória clássicos, que testam a memória por períodos muito curtos, de meia hora ou pouco mais.
Como medir declínio da memória
A comparação envolveu 46 idosos cognitivamente saudáveis (com idade média de 70,7 anos), que realizaram três tarefas de memorização. A memória foi então testada após 30 minutos por um teste padrão, e quatro semanas depois. Os voluntários também fizeram o teste Exame Cognitivo III (ACE-III) de Addenbrooke, um teste comumente usado para detectar comprometimento cognitivo, e passaram por uma ressonância magnética do cérebro. O teste ACE-III foi repetido após 12 meses para avaliar a mudança na capacidade cognitiva.
A pesquisa descobriu que a memória de 15 dos 46 participantes (32,6%) diminuiu ao longo do ano e que os testes de memória de quatro semanas previram o declínio cognitivo nessas pessoas com precisão substancialmente superior à dos testes clínicos de memória padrão-ouro usados hoje por psicólogos e neurocientistas.
A previsão se tornou ainda mais precisa ao combinar a pontuação do teste de memória de quatro semanas com informações da ressonância magnética do cérebro, que mostra o tamanho de uma parte do cérebro responsável pela memória, que é normalmente danificada pela doença de Alzheimer.
Terapias preventivas para Alzheimer
"Nosso estudo mostra evidências de uma ferramenta de triagem de baixo custo e rápida que pode ser usada para identificar os primeiros sinais da doença de Alzheimer. Essa ferramenta também poderia acelerar diretamente o desenvolvimento de terapias eficazes para a doença de Alzheimer e permitir tratamentos precoces quando tais terapias estiverem disponíveis," disse o Dr. Alfie Wearn, da Universidade de Bristol (Reino Unido).
"É importante notar que os participantes eram idosos saudáveis que não desenvolveram Alzheimer durante o ensaio, mas algumas pessoas apresentaram o tipo de mudança na memória e no pensamento ao longo de um ano que pode preceder a doença de Alzheimer. Trabalhos futuros estabelecerão se este teste prevê uma demência de Alzheimer realmente desenvolvida," acrescentou sua colega Liz Coulthard.
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