14/05/2019

Otimismo pode não ser algo bom quando se está doente

Redação do Diário da Saúde
Otimismo pode não algo bom quando se está doente
Em pessoas saudáveis, o otimismo melhora a saúde e faz viver mais, talvez porque fortaleça o sistema imunológico. Mas a história pode ser outra quando se está doente.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Otimismo negativo?

A maioria das pessoas pensa no otimismo como uma coisa boa - uma perspectiva positiva em circunstâncias desafiadoras.

Mas esse estado psicológico pode ser "contagioso" de uma maneira ruim se você estiver doente - ele pode afetar seu médico e os prognósticos que ele faz sobre você.

Detalhes sobre como o otimismo de um paciente gravemente doente pode afetar o prognóstico de sua sobrevivência foram compilados pelo Dr Robert Gramling (Universidade de Vermont) e colegas das universidades de Purdue e da Califórnia em São Francisco (EUA).

Os pesquisadores começaram estabelecendo que os médicos têm o dever de estimar o prognóstico de um paciente com a maior precisão possível. Se a sobrevida for superestimada, "esses erros de julgamento podem impedir que os pacientes tomem decisões oportunas sobre seus cuidados no fim da vida," escrevem eles.

O grupo calculou a frequência e a distribuição de variáveis como "superestimação do tempo de sobrevida", "otimismo disposicional do paciente" e "otimismo prognóstico do paciente". A seguir, eles acompanharam a sobrevida de centenas de pacientes em centros de cuidados paliativos, e finalmente correlacionaram a data da morte de cada um com o julgamento clínico inicial.

Os resultados mostraram um nível geralmente alto de otimismo disposicional e prognóstico pouco antes da consulta de cuidados paliativos, bem como uma correlação entre níveis mais elevados de otimismo do paciente e uma maior probabilidade de que os médicos superestimassem a sobrevida, mesmo após o ajuste para marcadores clínicos de tempo de sobrevida.

"Nosso estudo sugere que o otimismo no nível do paciente pode exercer uma influência imprevista sobre os julgamentos prognósticos dos clínicos de cuidados paliativos," escrevem os autores, acrescentando que: "Sendo assim, aumentar a conscientização dos clínicos sobre esses efeitos e incluir medidas de inibição de vieses no treinamento de habilidades de prognósticos pode levar a estimativas mais precisas."

O estudo foi publicado na revista Psycho-Oncology.

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