16/03/2017

Remédios para calvície e próstata causam disfunção sexual persistente

Marla Paul - Universidade Northwestern

Disfunção erétil persistente

Homens com maior exposição aos medicamentos finasterida e dutasterida apresentam maior risco de desenvolver disfunção erétil persistente, alertam pesquisadores da Universidade Northwestern (EUA).

A disfunção erétil continuou após a interrupção dos medicamentos, em alguns casos persistindo durante meses ou anos.

Entre os homens jovens, a exposição prolongada aos medicamentos apresentou um risco de disfunção erétil persistente (DEP) maior do que todos os outros fatores de risco avaliados. Isto significa que há uma relação mais forte entre tomar estes medicamentos e ter DEP do que ter diabetes, hipertensão ou tabagismo, que são outros fatores de risco.

Nem com sildenafil

Antes deste novo estudo, não havia evidências fortes de que a finasterida e a dutasterida causassem problemas sexuais que continuassem depois que os homens parassem de tomá-las. Também não havia evidências fortes de que tomar esses medicamentos por um longo tempo aumentasse a chance de experimentar problemas sexuais persistentes.

"Nosso estudo mostra que os homens que tomam finasterida ou dutasterida podem adquirir disfunção erétil persistente, não sendo capazes de ter ereções normais durante meses ou anos após parar com a finasterida ou dutasterida," disse o coordenador do estudo, Dr. Steven Belknap.

A disfunção erétil persistente continuou apesar da interrupção da droga e de os pacientes tomarem sildenafil (Viagra®) ou droga similar.

Calvície e próstata

A finasterida e a dutasterida são drogas bloqueadoras do hormônio masculino. Estes fármacos bloqueiam a conversão da testosterona em sua forma mais ativa, a 5-alfa-di-hidrotestosterona.

A finasterida é prescrita para próstata aumentada ou calvície. A dutasterida é prescrita para próstata aumentada.

Propecia® e Proscar® são nomes de marca para a finasterida e Avodart® é uma marca para a dutasterida. Jalyn® é uma combinação de drogas contendo dutasterida e tamsulosina.

O estudo foi publicado na revista PeerJ.

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