06/05/2014

Cada pessoa tem seu próprio time de bactérias saudáveis

Redação do Diário da Saúde
Cada pessoa tem seu próprio time de bactérias saudáveis
As bactérias comensais, ou bactérias benéficas variam de indivíduo para indivíduo.
[Imagem: Nair/Abt/Artis/UPenn]

Microbioma saudável

Conforme são catalogados os trilhões de bactérias encontradas em cada canto e recanto do corpo humano, observa-se uma grande variação nos tipos de bactérias encontradas nas pessoas saudáveis.

Com base nesses dados, a conclusão de um projeto internacional - o Projeto Microbioma Humano - é simples e direta: não há um único microbioma saudável.

Microbioma, segundo a definição mais aceita, é "a comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que literalmente compartilham nosso espaço corporal".

Em vez de um conjunto de bactérias saudáveis e um conjunto de bactérias nocivas, o que há é que cada pessoa abriga uma coleção única e variada de bactérias que são o resultado da sua história de vida, das suas interações com o ambiente, da sua dieta e do uso de medicamentos.

"Compreender a diversidade de tipos de comunidades bacterianas e os mecanismos que resultam em um indivíduo tendo um tipo particular ou tipos variáveis nos permitirá usar o seu tipo de comunidade para avaliar o risco de doenças e para personalizar seus cuidados médicos," propõe o Dr. Patrick Schloss, da Universidade de Michigan (EUA).

Comunidades de bactérias

O Projeto Microbioma Humano é um esforço internacional para entender como as mudanças no microbioma estão associados a mudanças na saúde.

"O que nossos dados mostram é que, só porque o microbioma de uma pessoa é diferente não significa que ela esteja doente," diz o Dr. Schloss. "Isso demonstra que há mais para aprender sobre os fatores que fazem o próprio microbioma mudar."

Outra conclusão surpreendente revela que as bactérias podem ser agrupadas em tipos de comunidades que são preditivas umas das outras.

"O inesperado é que é possível prever o tipo de comunidade [de bactérias] que uma pessoa tem em seu trato gastrointestinal com base na comunidade [de bactérias] em sua boca," explica Schloss. "Isto foi possível mesmo quando os tipos de bactérias são muito diferentes nos dois locais."

Mais de 200 cientistas do projeto passaram os últimos cinco anos analisando amostras de cerca de 300 adultos saudáveis. As amostras vieram de 18 lugares diferentes em seus corpos, incluindo bocas, narizes, intestinos, atrás de cada orelha, axilas, cotovelos etc.

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