22/09/2015

Esponja captura células de câncer antes que formem tumor

Redação do Diário da Saúde

Esponja de células tumorais

Uma espécie de esponja pode ser capaz de atrair e capturar células do câncer que estejam tentando se espalhar pelo organismo.

O aparato, chamado pela equipe da Universidade de Michigan (EUA) de "super-atrator", poderá ajudar a retardar a progressão do câncer.

A esponja foi projetada para atrair as células cancerosas que emergem na corrente sanguínea durante os primeiros estágios do câncer metástico, antes que novos tumores se formem em outras partes do corpo.

Esponja captura células de câncer antes que formem tumor
Ilustração conceitual da esponja capaz de capturar células malignas antes que elas possam se aglomerar para formar tumores e espalhar o câncer.
[Imagem: Universidade de Michigan]

Detector de metástase

Os experimentos iniciais, feitos em cobaias, mostraram que a esponja atrai números detectáveis de células cancerosas antes que elas sejam visíveis em qualquer outro lugar - as células cancerígenas se espalharam para os pulmões de forma 88% mais lenta nos camundongos que receberam os implantes.

Os pesquisadores preveem que, quando totalmente desenvolvido, o "super-atrator" poderá ser implantado logo abaixo da pele de pacientes com câncer. Os médicos poderiam monitorá-lo usando uma varredura não-invasiva, que permitiria a detecção precoce de metástase. O implante também tem potencial para ser usado como uma medida preventiva em pessoas que têm risco elevado de câncer.

"Frequentemente, é muito difícil detectar uma metástase até que o câncer se estabeleça em outro órgão", disse a pesquisadora Jacqueline Jeruss. "Este dispositivo poderia ser monitorado por anos e poderíamos usá-lo como um indicador precoce de recorrência."

Desarmando o câncer

As células tumorais capturadas pela esponja também não se agruparam em um tumor secundário, como fariam normalmente.

"Francamente, ficamos surpresos ao ver que as células cancerosas parecem ter parado de crescer quando chegaram ao implante", disse Lonnie Shea, membro da equipe. "Vimos células individuais no implante, e não uma massa de células como você veria em um tumor, e não vimos qualquer evidência de dano ao tecido vizinho."

A equipe está avaliando tecnologias de verificação não-invasivas que poderiam ser usadas para monitorar o dispositivo depois que ele seja implantado - no atual estágio, ele precisa ser removido para que as células sejam analisadas.

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