02/04/2013

Ovário artificial segrega hormônios em laboratório

Redação do Diário da Saúde

Ovário artificial

Cientistas do Centro Médico Wake Forest (EUA) produziram em laboratório os primeiros tecidos artificiais que compõem um ovário.

Os testes mostraram que o ovário artificial apresentou a liberação sustentada dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona.

Segundo os pesquisadores, este é o primeiro passo para desenvolver uma opção mais natural para a reposição hormonal para as mulheres.

Embora existam medicamentos que podem compensar uma deficiência na produção dos hormônios sexuais femininos, esses medicamentos não são recomendados para uso a longo prazo, devido ao aumento no risco de doenças do coração e câncer de mama.

O ovário artificial consiste de células ovarianas encapsuladas em uma fina membrana, que permite que o oxigênio e os nutrientes entrem na cápsula, mas evitando que o corpo da paciente rejeite as células.

"Nosso objetivo é desenvolver um tecido ou uma terapia hormonal baseada em células - essencialmente um ovário artificial - para liberar os hormônios sexuais de uma maneira mais natural do que as drogas," disse o Dr. Emmanuel C. Opara, líder do grupo.

"Um ovário bioartificial tem o potencial para segregar hormônios de uma forma natural, com base nas necessidades do corpo, em vez de a paciente tomar uma dose específica de uma droga a cada dia," explica ele.

Ovário artificial segrega hormônios em laboratório
O objetivo é desenvolver uma terapia natural para os casos em que as mulheres apresentam deficiências hormonais.
[Imagem: Sittadjody et al./Biomaterials]

Ovários

Os ovários são os órgãos reprodutivos femininos, que produzem ovos que são fertilizados para a gravidez, bem como secretam hormônios importantes para a saúde óssea e cardiovascular da mulher.

A perda funcional do ovário pode ser devida quimioterapia e tratamentos de radiação para certos tipos de câncer ou para sintomas da menopausa, ou mesmo pela remoção cirúrgica.

Os efeitos da perda dos hormônios femininos podem variar da secura vaginal e sensações súbitas de calor, à infertilidade e aumento do risco de osteoporose e de doenças cardíacas.

O próximo passo da pesquisa é avaliar as células do ovário artificial em animais de laboratório, em preparação para os testes em humanos.

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