Protetor solar de pólen
O primeiro protetor solar do mundo à base de pólen, feito a partir das flores de camélia, abre caminho para um tratamento de pele mais saudável e com ingredientes mais naturais.
Nos testes iniciais, o protetor solar de pólen absorveu e bloqueou os raios ultravioleta (UV) nocivos de modo tão eficaz quanto os protetores solares comerciais, que geralmente são feitos a partir de minerais como dióxido de titânio (TiO2) e óxido de zinco (ZnO).
O protetor solar à base de pólen também demonstrou uma capacidade inovadora de reduzir a temperatura da superfície da pele, ajudando assim a manter a pele mais fria sob o Sol, minimizando o risco de queimaduras.
"Sabemos que o pólen é naturalmente resistente aos raios UV, pois sua casca precisa proteger seu conteúdo interno das condições ambientais adversas, incluindo a luz solar. Nossa pesquisa teve como objetivo desenvolver uma maneira de processar os grãos de pólen em uma forma gelatinosa, para que pudessem ser facilmente aplicados à pele humana," explicou o professor Cho Nam-Joon, da Universidade Tecnológica Nanyang (Cingapura).
Protege a pele e o meio ambiente
O pólen é revestido por uma substância chamada esporopolenina, um dos biopolímeros naturais mais resistentes que existem, que protege o material genético durante seu transporte até outra flor - esse polímero natural é tão resistente que já foi encontrado em fósseis de milhões de anos.
Usando um processo à base de água, que não envolve produtos químicos agressivos ou altas temperaturas, a equipe processou o pólen de camélia e girassol removendo o conteúdo interno da casca do pólen e convertendo-o em uma formulação de microgel, semelhante às usadas em produtos para a pele.
Quando aplicada, a camada de microgel tem apenas micrômetros de espessura - quase a largura de um fio de cabelo humano - e é transparente a olho nu.
E o protetor solar de pólen tem outra vantagem crucial: A proteção do meio ambiente. Muitos produtos químicos comerciais de proteção solar são prejudiciais à vida marinha, especialmente aos corais. As estimativas variam de 6.000 a 14.000 toneladas de protetor solar comercial indo parar no oceano a cada ano, seja por meio dos banhos de mar ou por meio de águas residuais.
Em testes de laboratório com corais, um protetor solar comercial induziu o branqueamento dos corais em apenas dois dias, levando à morte dos corais no sexto dia. Em contraste, o protetor solar à base de pólen não afetou os corais, que permaneceram saudáveis pelos 60 dias de duração do teste.
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