17/03/2014

Eletricidade ajuda a cicatrizar ferimentos

Redação do Diário da Saúde
Eletricidade ajuda a cicatrizar ferimentos crônicos
A equipe desenvolveu uma antena especializada para aplicar a terapia de estimulação elétrica nos pacientes, e espera colocar o aparelho no mercado rapidamente.
[Imagem: Dottie Stover/U. of Cincinnati]

Seres elétricos

Nós somos seres definitivamente elétricos.

A eletricidade que circula naturalmente em nossas células - também chamada de bioeletricidade - é a chave para que nossos corpos funcionem.

Isso inclui desde os neurônios até a cicatrização de feridas.

A boa notícia é que campos elétricos comuns, quando aplicados externamente, ajudam a curar ferimentos graves, como aqueles associados com o diabetes, contra os quais os medicamentos atuais não são eficazes.

Eletricidade para cicatrização

O campo elétrico aplicado exteriormente manipula a eletricidade que ocorre naturalmente no organismo, de tal modo que novos vasos sanguíneos se formam, e o fornecimento de sangue para o local do ferimento é aumentado, iniciando o processo de cicatrização.

Físicos e biomédicos da Universidade de Cincinnati (EUA) testaram a técnica medindo a intensidade e a frequência mais eficaz do campo elétrico aplicado às células vasculares, que são a chave para a cura das feridas crônicas.

A equipe descobriu que o estímulo elétrico de alta frequência, similar ao produzido por telefones celulares e redes Wi-Fi, aumenta o crescimento das redes de vasos sanguíneos em até 50%, enquanto o estímulo elétrico de baixa frequência não produz esse efeito.

Com base em seus experimentos, a equipe desenvolveu uma antena especializada para aplicar os sinais elétricos nos pacientes, e espera colocar o aparelho no mercado rapidamente.

Terapia de estimulação elétrica

Mas como a eletricidade pode ajudar a curar ferimentos?

O estímulo elétrico de alta frequência altera o ambiente iônico em torno das células endoteliais, que formam o revestimento dos vasos sanguíneos - os ferimentos crônicos geralmente não se curam por falta de suprimento sanguíneo.

Dentro das células, esse estímulo cria ligações com proteínas para ativar os sinais da rota biomolecular que conduz ao crescimento da rede de capilares - as proteínas têm cargas elétricas que reagem com o campo elétrico aplicado.

O campo elétrico de alta frequência também faz com que as células produzam substâncias químicas chamadas "fatores de crescimento", que ajudam a sustentar o crescimento das redes vasculares.

"A estimulação elétrica ativa a via para a angiogênese (a formação de novos vasos sanguíneos), reforçando o crescimento da rede vascular. Como resultado, o fechamento da ferida pode ser otimizado, conduzindo a uma cura mais rápida," disse Toloo Taghian, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da terapia elétrica.

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