07/02/2017

Pacientes com paralisia total comunicam-se pelo pensamento

Redação do Diário da Saúde
Pacientes com paralisia total comunicam-se pelo pensamento
A pergunta "Você está feliz?" resultou em um "Sim" consistente das quatro pessoas avaliadas - na foto a interface cérebro-computador é testada por um dos membros da equipe.
[Imagem: Wyss Center]

ATENÇÃO

A pesquisa científica que embasou a elaboração desta notícia está sendo questionada pela comunidade científica, com os artigos sendo apontados como apresentando dados incompletos e sob ameaça de retratação (cancelamento da publicação). Além disso, o principal pesquisador, Dr. Niels Birbaumer, recebeu sanções da Fundação Alemã de Pesquisas (DFG) em razão deste mesmo trabalho.

Por razões de documentação, o texto da nossa notícia abaixo foi mantido da forma como foi publicado originalmente, em 07/02/2017, mas não deve mais ser levado em consideração e não deve ser levado em conta para nenhuma decisão de qualquer tipo.


Comunicação cerebral

Uma interface cérebro-computador não-invasiva, usada como uma touca, mostrou ser possível decifrar os pensamentos de pessoas incapazes de se comunicar por qualquer outro meio.

Usando o aparelho e um software adequado, as pessoas com síndrome de bloqueio completo, incapazes de sequer mover os olhos para se comunicar, foram capazes de responder "sim" ou "não" por meio do pensamento para perguntas faladas.

Os resultados derrubam teorias vigentes há anos de que pessoas com síndrome de bloqueio completo não teriam os mecanismos cerebrais necessários para usar uma interface cérebro-computador e, portanto, seriam incapazes de qualquer comunicação.

Interface cérebro-computador

A interface cérebro-computador não-invasiva detecta as respostas medindo as mudanças nos níveis de oxigênio no sangue no cérebro, em um processo similar ao da ressonância magnética funcional (fMRI).

Inicialmente são feitas perguntas cujas respostas são conhecidas pelos médicos, como questões corriqueiras ("Você é mulher?"), o nome da pessoa ("Seu nome é Maria?"), seu estado civil ("Você é casado?") etc.

Isso "treina" o sistema, que aprende a ler diretamente no cérebro do paciente o que é um "Sim" e o que é um "Não".

Sim, eu sou feliz

A equipe realizou testes extensivos em quatro pessoas com esclerose lateral amiotrófica, uma doença neurológica progressiva que leva à destruição completa da parte do sistema nervoso responsável pelo movimento.

"Nós descobrimos que todas as quatro pessoas que testamos foram capazes de responder às perguntas pessoais que lhes fizemos usando apenas os seus pensamentos. Se pudermos replicar este estudo em mais pacientes, creio que poderíamos restaurar a comunicação com pessoas com doenças neuronais motoras em estados completamente bloqueados," disse o professor Niels Birbaumer, neurocientista do Centro Wyss de Bio e Neuroengenharia, em Genebra (Suíça).

O sistema ainda não é perfeito, conseguindo detectar corretamente as respostas às perguntas de treinamento em 70% das vezes.

E, contra todas as expectativas, todos os quatro pacientes responderam "Sim" quando lhes foi feita a pergunta "Você está feliz?" - a pergunta foi repetida durante as várias semanas de duração do teste, e o "Sim" foi consistente.

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